sábado, 28 de junho de 2014

A mídia esconde o que a Dilma faz de bom e o que os tucanos fazem de ruim. A começar pela liberdade de imprensa




Dilma tem o que mostrar. E os tucanos?

Vamos começar pela Copa do Mundo, já torcendo para que a seleção brasileira avance (escrevo antes do jogo entre Brasil x Chile). Até há alguns dias antes da Copa, a mídia tucana (Globo, Band, Itatiaia, Veja, Istoé, Estado de Minas, Folha de SP, Estadão, etc., etc., etc.) previa um caos total durante a Copa. Para eles, a palavra de ordem "não vai ter copa" caía feito luvas no discurso pessimista, derrotista e anti-Brasil. Diziam que os estádios não ficariam prontos, que haveria congestionamento nos aeroportos, que ao invés das obras da Copa o Brasil tinha que investir em Educação e em Saúde (escondendo do povo que não se gastou um centavo do dinheiro dessas áreas nas obras da Copa). Enfim, o Brasil passaria vergonha durante a Copa. Tanto fizeram, que algumas pesquisas, antes do início da Copa, davam conta de que a maioria da população não via com bons olhos a realização da Copa no Brasil. É um exemplo típico de como uma mídia monopolizada por algumas famílias da burguesia é capaz de causar um enorme estrago social.

Bastou a bola rolar nos gramados para que a opinião pública, diferentemente da opinião publicada e manipulada, assumiu a Copa do Mundo no Brasil com todo o calor, a vibração e a paixão que caracterizam o povo brasileiro. Até o momento, a Copa se revelou um sucesso total em todos os aspectos: nos gramados, com um futebol elegante e muitos gols; nas obras feitas - mobilidade urbana, hotéis e estádios; na geração de empregos e renda; além, é claro, do principal, que a mídia brasileira ainda não conseguiu destruir, que é a generosa hospitalidade do povo brasileiro, que recebeu muito bem aos turistas. Tanto assim que muitos não se cansam de elogiar o Brasil e de dizer que voltarão nos próximos anos. Muitos não querem voltar mais para seus países, porque descobriram um Brasil que a mídia tucana esconde do povo brasileiro.

Aliás, a mídia estrangeira começa a perceber que foi enganada pela mídia brasileira. Até antes da Copa, ela só recebia e reproduzia notícias negativas sobre o Brasil. E com isso inclusive conseguiu espantar milhares de turistas, que deixaram de vir com medo das previsões catastróficas da mídia "nacional" (aspas). Hoje, boa parte dos grandes veículos internacionais não param de elogiar a Copa do Mundo no Brasil, dizendo que está sendo, de fato, a Copa das Copas. Pelos números expressivos de torcedores, pelos gols, pela organização, pelo espírito de confraternização entre diferentes povos e pela beleza, enfim, que o megaevento no Brasil vem proporcionando.

Até mesmo a mídia tucana, oportunista, e que vem ganhando rios de dinheiro com a Copa, agora mudou o discurso, dizendo que a Copa está sendo um sucesso, sem fazer autocrítica. Eles agora já preveem que é depois da Copa é que as coisas ruins que eles imaginaram acontecerão. Algumas vozes já começam a prever que o Brasil vai acabar depois da Copa. Nos últimos 11 anos dos governos Lula e Dilma tem sido assim: enquanto o país melhora em quase todos os aspectos, a mídia tucana mostra somente as coisas ruins, semeia ódio, pessimismo, enquanto blinda os governos tucanos. Que falta nos faz uma verdadeira imprensa livre e democrática no Brasil!

Mas, falava sobre as coisas boas do governo Dilma que a mídia tucana esconde. No vídeo que publiquei acima, e que recomendo que vocês assistam, dá para ver um pouco do volume de obras que o governo Dilma fez e continua fazendo nestes poucos anos, e que a mídia não mostra para a população. De norte a sul do Brasil, não há um estado que não tenha recebido um grande volume de investimentos em obras do governo federal. Obras estruturantes, como portos, hidrelétricas, de mobilidade urbana, de saneamento e moradia. É um volume impressionante de obras, gerando milhares de emprego, e sem que haja uma única acusação contra a presidenta Dilma, de práticas tão comuns no Brasil - de corrupção, de desvios, etc. O vídeo que republico aqui traz apenas uma parte do volume de obras do governo Dilma, sem contar as obras sociais, que são de grande alcance também.

Sobre as obras e as políticas sociais nós já havíamos falado aqui antes: Bolsa Família, Prouni, Pronatec, Ciência sem fronteiras, Luz para todos, Enem ampliado e melhorado, políticas de cotas nas escolas e nos empregos públicos, Minha casa minha vida (quase dois milhões de casas entregues), Mais Médicos, reajustes salariais acima da inflação, políticas de pleno emprego - enquanto os países ricos, em crise, demitiram 60 milhões de trabalhadores, o Brasil gerou 10 milhões de novos empregos, entre outras importantes políticas públicas do governo federal. Milhões de pessoas foram beneficiadas com estas políticas. Claro que falta melhorar e avançar em novas conquistas, como já dissemos antes aqui. Mas claro está também, para as mentes mais lúcidas, que o que falta não virá jamais pelas mãos dos tucanos.

Uma outra coisa que a mídia tucana escondeu do povo brasileiro, e que agora virou notícia internacional, é que o Brasil está vencendo um campeonato muito importante fora dos gramados: o da redução da taxa de mortalidade infantil. Como destacou o jornalista Fernando Brito, do blog O Tijolaço, coube a um site de saúde da India, o The Health Site, dar a boa notícia, com o seguinte título: "O Brasil já ganhou a Copa do Mundo". E esclareceu:

“Bem, nós não estamos dizendo Neymar e o destino de seus companheiros  na Copa do Mundo está decidido, estamos apenas dizendo que,  quando a mortalidade infantil está em causa, o Brasil teve o melhor desempenho entre os seus rivais, vencendo a taça que realmente importa. Desde 1990, os brasileiros reduziram a sua taxa de mortalidade infantil em 77 por cento." E diz mais o site indiano (da India, frisa-se, porque aqui no Brasil da mídia tucana é só notícia negativa contra Dilma):

“Desde 1988, a Constituição do Brasil tem garantido a sua cobertura de saúde universal dos cidadãos, para que eles possam acessar os serviços de saúde para salvar vidas, independentemente da capacidade de pagamento. Bolsa Família fornece transferências em dinheiro para famílias pobres em troca de garantir que as crianças recebam as vacinas e frequentar a escola. Hoje, para cada 1.000 nascimentos no Brasil, apenas 14 crianças morrerão antes do seu quinto aniversário – muito menos que as 62 em 1990.

Tragicamente, nem todos os países estão fazendo, assim como o Brasil em salvar vidas de crianças. Por exemplo, embora a Nigéria tem reduzido a mortalidade infantil em 42 por cento desde 1990, ele ainda tem a maior taxa de mortes de crianças de todas as nações do futebol na Copa do Mundo de 2014. Para cada 1.000 nascimentos na Nigéria, 124 crianças morrerão antes de atingirem 5 anos de idade.”

Pois é, pessoal, já que os tucanos não tem nada a apresentar, a não ser a Cidade Administrativa e as propostas de reduzir o salário mínimo e tomar medidas impopulares e detonar a Petrobras para justificar sua privatização, eles precisam criar este clima negativo através da mídia deles. Aliás, um outro importante legado dos governos Dilma e Lula é esta democracia e liberdade em relação à mídia golpista, que recebeu bilhões em publicidade do governo federal e das estatais e jamais deixou de criticar e atacar sem direito de resposta a presidenta Dilma, o PT e Lula. Perguntem se isso acontece com os tucanos? Quantas vezes a Itatiaia, o Estado de Minas, Globo Minas atacaram os governos dos tucanos em Minas? Até hoje eles têm a cara de pau de falarem no "mensalão do PT", o único caso que gerou prisão para dirigentes do partido no governo federal, enquanto escondem os escâlados de Minas, de São Paulo, incluindo o "mensalão tucano e de Minas", que é mais antigo e que até o momento não resultou em nenhuma condenação ou prisão, inclusive por parte da mídia, que se cala covardemente.

Como eles não têm um legado real, concreto, como Lula e Dilma têm, para apresentar ao povo brasileiro, eles precisam tentar convencer, através da mídia deles, dos comentaristas muito bem pagos para detonar o Brasil, Lula e Dilma 24 horas por dia, que tudo vai mal, que o Brasil vai acabar, assim que acabar a Copa - já que com a Copa eles não conseguiram acabar.

E viva a liberdade de imprensa e o direito de expressão, cassados pela mídia tucana no Brasil, herdeira da ditadura e serviçal dos piores interesses dos de cima!

Um forte abraço a todos e força na luta! Até a nossa vitória!

                              ***


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domingo, 22 de junho de 2014

A alegria da Copa venceu o pessimismo da mídia tucana e golpista. Agora é a vez da esperança vencer o ódio


O rosto de alegria e de esperança da catadora de BH...


...O rosto de ódio ao Brasil da mídia tucana.


A Copa do Mundo, tão criticada pela mídia tucana e outras vozes do caos, está sendo um sucesso. Estádios lotados, muitos gols, ruas e praças tomadas por torcidas de vários povos do mundo inteiro, numa confraternização belíssima. Um verdadeiro encontro de culturas, na paz, no amor, na alegria. Não fosse a mídia de mau agouro, que desejou e torceu pelo fracasso da Copa do Mundo no Brasil o tempo todo, e este megaevento teria atraído um número ainda maior de turistas.

Os primeiros dados em relação ao retorno pela realização da copa indicam que um milhão de novos empregos foram criados somente na área do turismo. Além das obras de mobilidade urbana - brts, aeroportos, metrôs - e dos novos estádios, que serão palco de mil utilidades, o mais importante mesmo, o principal legado da Copa é o encontro de culturas, de pessoas de diversas regiões do mundo. E como a copa está acontecendo no Brasil, é natural que o rico patrimônio cultural brasileiro - da ecologia, da gastronomia, das artes, dos costumes, das tradições, da generosidade em receber bem aos turistas - se destaque e seja revelado para toda a humanidade. Somente por este aspecto já teria valido a pena a realização da Copa no Brasil.

Mas, as aves de mau agouro ficam torcendo para que algo dê errado. Deram o maior destaque para os black blocs e as quebradeiras de vitrines que aconteceram em algumas capitais. Estou convencido de que estes grupos de jovens, alguns deles, são idealistas usados como inocentes úteis da direita golpista. É bem provável que haja infiltração da direita, e até da CIA - por que não? - já que estes grupos não representam nenhum movimento social, agem com o rosto mascarado, não têm proposta a reivindicar, e simplesmente quebram meia dúzia de vitrines como se isso pudesse resolver algum problema.

Pelo contrário, eles estão fornecendo combustível para a direita golpista e para setores conservadores da sociedade brasileira, que pedem mais repressão, mais polícia armada, mais ditadura, e menos democracia. Ou seja, estes grupos, ainda que tenham as melhores intenções do mundo, estão sendo usados pela direita como istrumento de propaganda das piores causas. Se sonham em fazer revolução, estão conseguindo na verdade intimidar os movimentos sociais, as pessoas comuns, e a ajudar aos golpistas de plantão.

Sou totalmente a favor dos movimentos sociais, das lutas dos sem-terra, dos sem-teto, dos assalariados de todo o país quando entram em greve, dos diversos movimentos reivindicatórios, enfim. A essência de uma real democracia está nas ruas, na mobilização popular, nas lutas cotidianas. Sempre participei e apoiei as greves dos educadores e também de outras categorias. Participei da luta pelas diretas em 1984, quando milhões de brasileiros ocuparam as ruas de forma pacífica para derrubar o regime civil-militar implantado com o golpe de 1964. Uma coisa, contudo, é reivindicar direitos, lutar por novas conquistas, de forma coletiva ou individual, apresentando as propostas e pressionando os poderes constituídos de forma legítima. Outra coisa, muito diferente, é quebrar por quebrar, em ações isoladas ou de pequenos grupos, de um modo que se assemelha ao fascismo, que age exatamente assim, como meio de intimidar a sociedade. Não compactuo com este tipo de atitude, que representa um desserviço às lutas sociais, que são as únicas que podem provocar reais conquistas e avanços para os de baixo.

E o Brasil atual, com todas as limitações que conhecemos, permite que as lutas aconteçam de forma legítima, pacífica, que os trabalhadores se organizem livremente, que as pessoas nas comunidades façam seus legítimos protestos e que aconteça um amplo debate inclusive nas redes sociais. Vivemos numa democracia, ainda que limitada pelo monopólio golpista da mídia e por instituições que precisam sofrer mudanças. Mas, mesmo assim, há espaço para a organização e para a luta democrática, não havendo necessidade de se forjar "vanguardas" distanciadas do povo, que se autoproclamem porta-vozes da população. Quem faz isso é a mídia golpista, que não recebeu um voto sequer e se julga no direito de entrar nas casas das pessoas e selecionar o que é certo e o que é errado, sem ouvir as pessoas.

É preciso que estejamos atentos e tomemos os cuidados necessários. Principalmente na conjuntura atual, que tem um governo federal progressista, com políticas públicas claramente em favor dos de baixo, apesar das concessões feitas aos de cima; um governo, como o de Lula e Dilma, atacado dia e noite pela mídia tucana e golpista, que não aceita conviver com as conquistas dos de baixo e por isso despeja e semeia ódio, caos, torce para o fracasso de tudo, como aconteceu com a copa do mundo, e que somente agora, quando não há como detonar a copa, é que estas aves de mau agouro mudam de lado, até porque ganham muito dinheiro com a copa, mas continuam torcendo para que tudo dê errado. São infelizes, e não aceitam a felicidade alheia.

A Copa trouxe, de forma indireta, inclusive o renascer dos protestos de rua no Brasil, já que a esquerda mais ligada ao PT estava acomodada, e a direita, claro, não tem povo, a não ser a massa cheirosa recalcada, a classe média alta que não consegue mais pagar a empregada doméstica com salários reajustados anualmente acima da inflação e todos os direitos trabalhistas garantidos. Essa classe média alta ressentida, incomodada em ter que partilhar espaços nas ruas com tantos carros, ou nos aeroportos com tanta gente do povão, ou nos shoppings centeres com gente de toda cor, de todas as camadas sociais. Eles não toleram isso. Para eles, o Brasil teria que ser eternamente a Casa Grande de meia dúzia de privilegiados e a senzala de milhões de excluídos, mal tratados, morando em favelas ou nas ruas, sem quaisquer direitos.

Em função dos protestos legítimos durante os preparativos da copa do mundo, vários temas foram reabertos e houve conquistas. Ao contrário dos governos tucanos, que só sabem reprimir e manipular através da mídia, o governo Dilma não se intimidou com as manifestações legítimas de junho de 2013. Foi para TV dizer que reconhece e respeita a importância das manifestações e que queria dialogar com os diversos movimentos sociais envolvidos. Agiu como chefe de estado sensível às demandas colocadas pela população em luta. Recebeu em seu gabinete representantes de vários movimentos. Desses encontros e dessa pressão popular resultou o programa Mais Médicos, que trouxe 14 mil médicos de fora, principalmente de Cuba, para atender em locais onde os médicos brasileiros não querem atender. Um direito deles, claro, mas também era um dever da chefe da Nação procurar alternativas para as pessoas desassistidas. Foi o que Dilma fez. Não hesitou. Mulher de coração valente é assim: enfrenta os de cima, que foram contrários ao Mais Médicos, como foram contrários ao Bolsa Família, como são contrários a quaisquer avanços sociais em favor dos de baixo.

Agora mesmo essa gente da direita golpista, tucana, e sua mídia, está boicontando o governo no congresso nacional, porque a presidenta Dilma baixou um decreto que regulamenta a questão dos conselhos de controle social. Nada mais democrático, que abre a possibilidade de uma maior participação popular na formulação das políticas públicas. Não substitui o parlamento, nem qualquer outro poder constituído, mas mesmo assim é atacado pela direita golpista com sua mídia vendida, como se Dilma tivesse criando uma espécie de conselho comunista aqui no Brasil (antes fosse, mas não é). Nada mais ridículo do que essa mídia conservadora, atrasada, mal informada, como é o caso de vários jornalistas, editores e colunistas da Globo, da Itatiaia, da Band, dos jornais Estado de Minas, Estadão, Folha de São Paulo, além da revista Veja, expressão do que há  de mais atrasado e de direita no Brasil. Vejo a opinião destes "jornalistas" (aspas, com as devidas exceções) e fico indignado com a ignorância e má-fé, às vezes.

A Veja criou anti-brasileiros, como o jornalista Mainardi e outros, que agora estão apanhando das mulheres em seus programas. Estou achando ótimo isso, dando  gargalhadas aqui no meu bunker. Primeiro, foi a vez da empresária Luiza Trajano, dona do Magazine Luiza, que puxou a orelha de Mainardi no Programa direitoso Manhattan Connection, da Globonews. Ela corrigiu Mainardi, dizendo que ele estava mal informado sobre o Brasil, e ficou de mandar e-mail para ele dando as informações corretas. Foi humilhante para um jornalista tão venerado pela direita mais atrasada do Brasil ser corrigido assim, ao vivo e em cores, por uma empresária que aposta no Brasil, que ganha dinheiro no Brasil e reconhece isso, enaltecendo as coisas boas do país. Ao contrário de alguns jornalistas da Globo que não vivem no Brasil, ganham dinheiro de patrocinadores que se enriquecem com o Brasil e que se dedicam exclusivamente a falar mal do Brasil.

Depois da empresária Luiza, foi a vez da jornalista Silvia Salek, diretora de redação da BBC Brasil. Com elegância, simpatia, beleza e ética, deu umas boas chineladas no Lucas Mendes e no Mainardi, no tal programa da Globonews. Ela demonstrou que a mídia brasileira tem se dedicado à divulgação de notícias negativas sobre o Brasil, e que era preciso mais equilíbrio. Lucas Mendes, imbecilizado, tentou ironizar, passando a bola para o colega dele, Mainardi, que tem cara de ódio estampada (até parece um pouco com o candidato dos tucanos, reparem), e que não vive no Brasil e se dedica a falar mal do país. Mainardi tentou arrancar da elegante e competente jornalista alguma coisa contra o país, dizendo que na Inglaterra ninguém se interessava pelo Brasil. Ouviu dela um outro olhar: o Brasil, sobretudo após o governo Lula, desperta cada vez mais o interesse dos ingleses, seja na academia ou em outros setores. Todo mundo lá fora quer saber sobre o Brasil, muitos empresários investem hoje no Brasil, que só não tem uma imagem melhor por conta da propaganda que a mídia golpista faz contra o país 24 horas por dia.

Existe hoje um grupo de babacas que não mora mais no Brasil, mas que ganha muito dinheiro com o suor do povo brasileiro, e que se dedica a falar mal do Brasil. Principalmente por causa dos governos Lula e Dilma. Eles odeiam o povão pobre, são parte de uma pseudo elite atrasadíssima, recalcada, frustrada, mal amada e infeliz, porque o mundo dessas pessoas está desabando, enquanto um outro mundo vai surgindo. É o mundo da maioria que sempre foi excluída, e que cada vez cobra mais espaços, novas conquistas, novos direitos. Agora, durante a Copa do Mundo, os turistas estrangeiros estão encantados com o Brasil que a mídia interna e externa escondeu. Muitos querem ficar aqui, pois descobriram no povo brasileiro, apesar do envenamento feito pela mídia diariamente, uma beleza que não se encontra facilmente em outra parte do mundo. Viva o Brasil dos de baixo!

É fato que o Brasil não é um paraíso. Nenhum país é perfeito ou não tem problemas. Mas, o Brasil tem tanta coisa boa, tantas possibilidades, e agora com os governos Lula e Dilma, mais sensíveis com os problemas sociais, o Brasil tem tudo para ser um dos melhores países do mundo. Já é uma potência econômica, caminhando para ser o sexto ou quinto maior PIB do mundo. Mas, claro que precisa avançar ainda mais na questão social, reduzir as diferenças, as desigualdades, melhorar na questão da mobilidade urbana, na qualidade da Educação básica, da saúde pública - um dos poucos países do mundo que oferece um sistema universal e gratuito de saúde como o SUS é o Brasil, sabiam? Neste quesito, só perde para Cuba.

O Brasil, ou melhor, o governo Dilma e Lula, está desenvolvendo uma política de habitação, que com todos os problemas, já é o maior programa de moradia própria subsidiada da América Latina. São quase dois milhões de casas construídas nas duas primeiras etapas do programa. E agora vem a terceira etapa, que prevê mais três milhões de novas casas populares, com maior destaque para as famílias de baixa renda. No ensino superior e no ensino técnico, antes privilégios de poucos, ocorre a ampliação de vagas nas escolas para milhões de brasileiros. Não estuda hoje quem não quer. No meu tempo de juventude não era assim. Ter diploma universitário era a coisa mais difícil e cara do mundo. As universidades federais eram locais reservados para os filhos da burguesia e da classe média alta, que podiam pagar escolas particulares e cursinhos de pré-vestibular. Pobre ou estudante de escola pública, nem pensar. Tinham que trabalhar duro para pagar uma faculdade particular.

Hoje, com as corretíssimas políticas de cotas, para negros, para estudantes das escolas públicas (os melhores estudantes, diga-se), e com o Prouni, e com o Fies melhorado, e com o Enem melhorado, são milhões de brasileiros, incluindo as pessoas de baixa renda, que têm acesso ao ensino superior. E têm acesso também ao ensino técnico e profissionalizante, igualmente ampliado e melhorado. Falta agora investir mais no ensino básico, tirar das mãos dos governos estaduais a responsabilidade pela folha de pagamento dos trabalhadores da educação, criar um plano de carreira nacional, um salário decente e condições adequadas de trabalho para os educadores. Nas mãos de governos como os tucanos de Minas, os professores ganharão eternamente dois salários mínimos de remuneração total. Um desestímulo para a carreira dos educadores, um convite ao abandono da carreira, ou ao tratamento da importante atividade do magistério como bico, algo passageiro. O governo dos tucanos trouxe a infelicidade e a desunião para os profissionais da Educação de Minas. Não há nenhum professor que esteja satisfeito com sua profissão em Minas Gerais. É este o legado do governo dos tucanos em Minas. Mas, na mídia, Minas tem a melhor educação da galáxia.

Então é isso, pessoal, estamos em pleno ritmo de copa, com as manifestações legítimas acontecendo, mas especialmente com as manifestações de alegria e de confraternização entre diferentes povos acontecendo. É verdade que alguns governos estaduais passaram das contas na repressão aos movimentos de protesto e merecem o nosso repúdio e crítica. Há casos curiosos, como o governo de SP. Num primeiro momento, permitiu que os black blocs aprontassem, quebrando as vitrines, carros, etc. Agora, o governo de São Paulo vem com o discurso de que vai mudar de estratégia. Ou seja, preparou o terreno para baixar o cacete, reprimir e reprimir, provalmente com apoio da mídia e de parte da população, que nem sempre se dá conta das jogadas dos governos. Moral da história: os garotos mascarados, ainda que bem intencionados, foram ou não usados pelo governo de SP para justificar futuras repressões em massa contra outros movimentos?

A esquerda mais radical tem todo direito de propor algo diferente para a população. Tem direito de lutar por outra forma de governo e não precisa pedir licença para sonhar ou preparar outro tipo de sociedade. Eu já fiz ou tentei fazer isso durante muitos anos, claro que combatendo os anos finais da ditadura civil-militar, ou os governos neoliberais. É diferente agora, quando temos um governo progressista, comprometido com políticas sociais em favor dos de baixo; comprometido com políticas externas de não-alinhamento ao imperialismo norte-americano, no momento em que este império está em  crise, está raivoso, e aposta na divisão interna e no caos dos demais países. Vejam o que os EUA fizeram com o Iraque e com a Líbia. Vejam o que está acontecendo hoje em vários países europeus. A esquerda mais radical precisa ser mais inteligente e não contribuir com os ataques da direita. Ataques às conquistas democráticas, ainda que frágeis, mas importantes para novos avanços.

Nada de retrocesso, pessoal, é preciso avançar nas conquistas. O discurso de que "é tudo a mesma coisa", de que vai votar nulo porque são todos iguais, hoje, na realidade em que vivemos, contribui para a ascensão da direita golpista. Foi este discurso que contribuiu para a ascensão nazista na Europa. E agora, quando temos um governo federal sensível às pressões populares, com uma história de ligação com os movimentos sociais, dizer que este governo é a mesma coisa que os governos tucanos, claramente ligados aos grupos de rapinas nacionais e internacionais, à mídia golpista e a tudo de ruim que este país já conheceu, aí é demais, né pessoal.

Não tenho o menor receio em apoiar a reeleição da presidenta Dilma, com plena liberdade para criticar o que achar que deva criticar. Não sou militante do PT, nem de nenhum outro partido. Não recebo um centavo sequer para defender a reeleição da presidenta Dilma, mas tenho bom senso para saber identificar, na conjuntura atual, o que é melhor para a maioria pobre da população brasileira, e diferenciar aquilo que coloca em risco os avanços obtidos com muita luta pelos de baixo. O Brasil e a população mais pobre experimentaram 11 anos de políticas de pleno emprego, de baixa inflação, de aumentos reais nos salários, de consumo de massa, de políticas de proteção social, ao invés dos anos de recessão, desemprego, juros nas estrelas, o país quebrando todo dia, a privitização de tudo, que caracterizaram os governos tucanos. Quem quer voltar para este retrocesso? Votar nulo, nesta conjuntura, é apostar no caos e no ódio, tal como faz a mídia tucana. Ao invés disso, é hora de apostar na esperança de um Brasil ainda melhor para os de baixo.

Um forte abraço a todos e força na luta! Até a nossa vitória!

                            ***


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sábado, 14 de junho de 2014

A desinformação, a baixaria e o ódio, estes os valores que a mídia tucana cultiva no Brasil



Acompanhem ao vivo (21/06/2014 - sábado) a Convenção Nacional do PT que lança oficialmente a candidatura Dilma para a reeleição.




Trajano critica os semeadores de ódio da mídia golpista


O contraste entre a riqueza cultural do Brasil...

... e o pessimismo e o espalha-caos da mídia golpista.


Não há como negar: há um contingente muito grande, embora minoritário, mas expressivo, de pessoas contaminadas por valores baixos, vis, egoístas. São os filhos das TVs, das rádios e dos jornais dominados por uma pseudo elite que tem como característica comum o ódio ao povo brasileiro.

O que ocorreu durante o jogo de abertura da Copa do Mundo no Brasil foi de certa forma a expressão desta pseudo elite formada pelos BBBs da vida, pelos comentaristas da Globo, da Band, da Itatiaia, dos jornais Estado de Minas, Estadão, Folha de S. Paulo, e das revistas Veja e istoé, entre outros. São órgãos, aliás, empresas, que estão a serviço dos interesses dos de cima. Gostam de se dizer "imparciais", numa cretinice sem igual, mas na prática não passam de corneteiros de um mesmo tom, de uma mesma fala, toda ela voltada contra os interesses dos de baixo.

A abertura da Copa foi a demonstração cabal de que o Brasil está apto a realizar grandes eventos mundiais: estradas prontas, metrôs, brts, aeroportos, estádios de futebol, todas as obras feitas em tempo adequado para realizar o megaevento. Pode-se e deve-se questionar a condenável prática de afastar as famílias pobres de áreas atingidas pelas obras. Ainda que tardiamente, o governo federal iniciou um processo de negociação com os sem-teto, que já resultou em compromissos que representam importantes conquistas para estes bravos lutadores sociais. Entre estes compromissos, o de construir, bem ao lado do Itaquerão, duas mil unidades populares para os moradores sem-teto que moram na ocupação "Copa do Povo".

Se dependesse de um governo tucano, a solução seria ao estilo Pinheirinho (São José dos Campos, SP), onde milhares de famílias foram arrancadas a força daquela ocupação em 2012. O governo federal, ao contrário, já emitiu nota oficial, após negociações diretas com os líderes do movimento, afirmando que vai atender as demandas dos sem-teto, entre as quais, reservar um percentual expressivo da terceira etapa do Minha Casa Minha Vida para as entidades como o MTST. Milhares de casas serão construídas em todo o Brasil sob o controle direto das ocupações dos sem-teto. Casas subsidiadas pelo governo para as famílias de baixa renda, que pagarão no máximo 5% do seu salário. Haverá um esforço de mediação do governo federal para impedir as desocupações violentas.

Mas, falava sobre a abertura da Copa do Mundo no Brasil, que assisti de casa, alternando entre as duas emissoras de TV abertas que exibiam o evento. Mais cedo havia caminhado pelas ruas da cidade - Vespó - e percebi um clima alegre, festivo, as pessoas com a camisa da seleção brasileira, ou carregando a bandeira do Brasil. Em todo o país, pelo pouco que pude ver, milhões de pessoas entraram no clima da copa, que antes de mais nada, ou apesar das negociatas por trás do evento padrão Fifa, a Copa do Mundo é motivo do encontro entre diferentes povos.

Mas, a mídia dos tucanos não quer que os povos se encontrem em nome da paz, do amor, da solidariedade, do esporte. Não. Eles querem o ódio nos corações, querem que as pessoas se vejam como inimigas, e cultivaram isso durante muitos anos. Até mesmo no futebol, que a própria mídia sempre manipulou e ganhou muito dinheiro às custas do sentimento verdadeiro do povão brasileiro - de amor ao futebol, e a mídia explorando, portanto, este sentimento -, mesmo o futebol, dizia, foi tomado em parte por este sentimento de ódio.

Primeiro a mídia cultivou o ódio, o medo e a insegurança nas pessoas. O sentimento de que tudo no Brasil é corrupção ou violência. Tudo bem que o país e o mundo estejam convivendo com muitas inseguranças e manifestações de violência. Não poderia ser diferente, numa realidade desigual provocada pelo capitalismo. Mas a mídia, ardilosamente, vem trabalhando as consciências das pessoas para um fim, um objetivo determinado. O primeiro alvo da mídia, o governo Dilma, claro. Um outro alvo, que coincide com a política externa dos EUA para outros povos: dividir a nação, criar um ambiente de caos, de desconfiança generalizada, pois assim fica mais fácil para o domínio de poderosos grupos. Internos e externos. É o golpe.

A gente sente isso, por exemplo, em Minas Gerais. Hoje mesmo, num momento em que andei, na hora do almoço, numa rua próxima de onde trabalho - na periferia de BH -, acabei conversando com um senhor aposentado. Na verdade um policial militar aposentado, que tem um filho policial e que parece ser uma ótima pessoa. Bastou pouco tempo de conversa para que ele me dissesse mais ou menos o seguinte: o Brasil vai muito mal, está um caos total, uma baderna generalizada, ninguém respeita nem a presidente da república, os baderneiros quebraram o centro de BH e de várias capitais, a saída que tem é o exército tomar o poder novamente. Foi este o discurso pronto, quase decorado, que ele fez para mim.

Com muita paciência e educação eu tive que mostrar para ele que não era bem assim. Que boa parte do quadro que ele havia pintado era o resultado do que os comentaristas de TVs e rádios e jornais vinham apresentando; que o Brasil nunca esteve tão bem, que ao contrário de outros tempos, há uma política de pleno emprego, com aumentos salariais acima da inflação; com políticas sociais de combate à miséria e à fome; políticas de moradia própria, de consumo de massa, enfim, o Brasil tem de fato muitos problemas a superar, mas nem de longe está o caos que ele havia apresentado.

Senti que ele recebera uma gama de informações da minha parte que ele não estava acostumado. Em geral o nosso povo mais simples se informa pelos noticiários de rádios, TVs e jornais, que são altamente manipulatórios, tendenciosos e que cultivam o ódio e o caos. E atacam o governo Dilma como se ela fosse o principal motivo de todos os problemas da humanidade. A mídia brasileira, tucana até a medula, o que equivale dizer: neoliberal, pró-imperialismo norte-americano e anti-povo pobre; esta mídia, eu dizia, reproduz o pensamento médio de uma pseudo elite atrasadíssima de um Brazil que se escreve com Z. O verdadeiro Brasil, com S, é construído com as lutas e as conquistas do nosso povo simples. De certa forma, ainda que tenha havido dificuldades enormes de comunicação, e apesar das concessões que fizeram, os governos Lula e Dilma são partes integrantes dessas conquistas do nosso povo.

Mas, voltando à abertura da Copa. Observei a abertura que mostrou em parte a riqueza cultural do Brasil. Só não foi melhor porque entrou o tal "padrão Fifa" que alguns admiram tanto. Mas o Brasil é tão rico culturalmente falando, com sua enorme diversidade, que até mesmo uma amostragem pequena é capaz de apresentar para o mundo as belezas que são próprias da nossa gente e do nosso território. Pensei: somente esta pequena publicidade do Brasil para o mundo teria valido a pena a realização da Copa no território brasileiro.

Infelizmente, a Fifa conseguiu praticamente esconder o que seria um dos principais momentos: do exoesqueleto, através do qual, com tecnologia brasileira, um paraplégico conseguiu chutar a bola. Era para ser o momento alto do evento. Mas a Fifa, por razões ou cifrões que ainda serão revelados, praticamente escondeu. O jogo teve início, o Brasil tomou um gol contra. Foi o que todos imaginamos. Que nada. O verdadeiro gol contra foi realizado não pelo jogador Marcelo, que levantou a cabeça e não decepcionou. O gol contra mesmo foi feito por parte da torcida presente no belo estádio do Itaquerão. De forma desrespeitosa, banal, medíocre e covarde até, os mauricinhos e as patricinhas da pseudo elite paulistana atacaram a presidenta Dilma, que lá estava representando o Brasil. Mulher de coragem, a primeira presidenta eleita pelo povo, até agora sem qualquer acusação contra ela - de corrupção, de desvio de verbas pública, nada, nem uma vírgula contra Dilma - lá estava ela, com dignidade. O povão não estava no estádio. O povão é mais educado, tem berço, embora humilde. Em geral o povo brasileiro sabe muito bem separar as coisas. Sabe protestar, sabe brigar, mas sabe ser grato também.

Vejam o exemplo, aliás, o bom exemplo do movimento dos sem-teto em SP. Foi o maior movimento de protesto contra as obras da Copa do Mundo. Mas eles protestaram com objetivos claros: querem o direito a uma moradia digna, querem respeito a seus direitos como cidadãos. Foram até a presidenta e apresentaram suas reivindicações. Dilma assumiu compromissos com eles. Pronto. Eles ficaram gratos. Disseram que vão continuar mobilizando os sem-teto, não querem só para eles não, querem para os sem-teto de todo o Brasil. Mas, firmaram um compromisso com a presidenta de não tentar impedir as pessoas de verem os jogos da Copa.

Eu, se fosse a presidenta Dilma, ao invés de assistir ao jogo no novo e moderno estádio, iria para a ocupação da Copa do Povo, montava lá um telão, e ficava ao lado daquele povo simples que parecia transbordar a alegria quando Dilma garantiu que vai construir duas mil unidades habitacionais naquele local.

Mas, a pseudo elite que tem dinheiro para comprar ingressos de R$ 1.000,00 para o espaço VIP do Itaquerão, não tem educação de berço: xingou a presidenta da república talvez da mesma forma que deve xingar o filho ou a namorada ou a própria mãe deles. Se é que têm mãe uns tipos destes. São filhos da Globo, para não dizer outra coisa.

Basta conhecer um pouco a história de vida da presidenta Dilma e do próprio Lula para verem que eles merecem pelo menos respeito. Podemos concordar ou não com eles, podemos ser mais da esquerda ou da direita ideologicamente falando, mas não há como negar que são dois lutadores, duas pessoas que perseguiram objetivos políticos e conquistaram estes objetivos com dignidade, com disputa democrática, quase sempre em desvantagem material e financeira em relação aos oponentes ligados aos de cima.

Então, perguntamos: de onde vem este ódio? Claro que não se trata de algo espontâneo. As pessoas que lá estavam nem são as pessoas que foram prejudicadas com algumas obras da Copa. Na tela da TV a gente só via gente branca, loira, gente esteticamente dentro do padrão de beleza global. O povão pobre estava nas ruas, nos bares, nos Fan Fest ou em casa mesmo curtindo a seleção brasileira, que de virada venceu a partida.

Então nós tínhamos: uma bela abertura da Copa, ainda que modesta; um jogo que teve bons momentos, muito disputado; milhões de pessoas em festa por todo o país; um bonito encontro de muitos povos e culturas. Contudo, quais foram os destaques nos jornais, rádios e Tvs no dia seguinte? Advinhem? Primeiro, os xingamentos contra Dilma - alguns jornais transformaram isso no principal acontecimento; segundo, as quebradeiras de pequenos grupos mascarados em algumas capitais; terceiro, que o Brasil venceu com a ajuda do juiz, quase que a dizer que foi uma vitória não merecida. É bom lembrar que o Brasil fez quatro gols, inclusive um contra.

Na minha opinião, o gol contra mesmo veio desta parcela minoritária de uma torcida mentalmente contaminada pelo ódio e pela ausência de sonhos, de projetos. Um gol contra em parceria com a mídia tucana, que na minha opinião, modesta, não tem mais salvação. Quando o povão se der conta do quanto tem sido vítima dos males feitos pela mídia, eu temo pelo que possa acontecer.

No afã de derrubar os governos petistas, a mídia está criando gerações de pessoas com ódio e egoísmo no coração. O que a gente pode esperar disso?

Um forte abraço a todos e força na luta! Até a nossa vitória!

                    *** 


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domingo, 8 de junho de 2014

Com a metade do apoio que a mídia dá para os tucanos, Dilma hoje teria 90% de popularidade


Copa do Mundo no BRASIL: uma derrota para as aves de mau agouro da mídia golpista



 


Não é segredo para as pessoas minimamente esclarecidas, que a mídia brasileira é tucana, pró-golpe, anti-petista, anti-Lula e Dilma e contrária aos interesses do povão mais pobre. A mídia, que no Brasil é controlada por meia dúzia de famílias, entre elas a dos Marinho - que foi apontada pela revista Forbes como dona da maior fortuna do país! - tem um lado, embora tente esconder isso. Ela tem um lado partidário, político, econômico e social, que é o lado dos de cima, dos bilionários. Mas uma parte do povão é enganado por esta mídia, e pensa que ela está do lado do povão. Nada mais falso.

Se algum estudioso, cientista político, desejar fazer um levantamento do que foi noticiado pela grande (em negócios) mídia nos últimos 10 anos, pelo menos, e de forma mais intensa nos meses que antecedem às eleições presidenciais, verá que a mídia brasileira é uma das principais responsáveis pelo descrédito que as pessoas têm do que chamamos de política. Ela tenta generalizar nas denúncias de corrupção, por exemplo, como se todos fossem corruptos, especialmente o governo federal. Tenta desmoralizar o Congresso Nacional, para enfraquecê-lo, e até mesmo para afastar a população de uma cobrança mais sistemática do que se passa nos parlamentos. Manter os deputados com medo, é uma das formas de anular este poder, que passa a fazer o que a mídia quer que eles façam.

Em teoria, a política é o espaço do cidadão para negociar interesses, conflitos, diferenças. Num país profundamente desigual como o Brasil - e de resto todo o mundo, já que a desigualdade social é própria do sistema capitalista -, é necessário que haja mudanças em favor da redução dessa desigualdade. E isto se faz através da política, seja de forma pacífica, institucional, através dos três poderes constituídos - parlamento, judiciário e executivo -, ou através de uma revolução social.

Embora o Brasil tenha experimentado inúmeras revoltas, rebeliões e revoluções, a tradição mais comum tem sido a dos arranjos políticos pelo alto. Ou o golpe civil e militar, que não deixa de ser outra forma de arranjo pelo alto. A começar pela Independência do Brasil (1822), fruto de arranjos entre as elites, que excluiu o povão pobre, especialmente os negros escravizados. A abolição formal da escravatura (1888), que viria quase sete décadas depois da independência, embora precedida de amplo movimento social, foi resultado de arranjos dos de cima. Os descendentes afrobrasileiros que foram libertos não receberam um palmo de terra como compensação por séculos de escravidão. De certa forma, somente agora, os governos Lula e Dilma, com as políticas de cotas, começam a resgatar em parte esta dívida social e política do Brasil para com os negros - e também para com os pobres, as mulheres, entre outros. A implantação da república (1889), que pôs fim à monarquia, foi resultado de arranjos praticamente sem a participação do povão.

No cenário mais recente, o Brasil conheceu o final da ditadura civil-militar implantada em 1964 com uma anistia que absolveu torturadores, livrando centenas de agentes do estado de crimes abomináveis e considerados imprescritíveis pelas cartas internacionais de direitos humanos. Ao invés de uma eleição direta para a presidência da República, o primeiro governo pós-ditadura (1985) nasceu de um arranjo entre os de cima, com o congresso nacional elegendo, em nome do povo, mas sem consultar o povo, o novo presidente da república. No caso, Tancredo Neves, que acabou falecendo antes da posse, e que, por ironia, provocou a transferência do governo para um membro dissidente da ditadura, José Sarney.

Apesar desse processo, boa parte da população pobre já aparecia como protagonista das novas mudanças, ainda que pela metade - ia para as ruas protestar, reivindicar direitos específicos, conquistava alguns dos seus interesses, mas no final das contas permanecia de fora das principais decisões. O poder político, decisório, continua, no essencial, desde que o Brasil foi ocupado pelos europeus, um privilégio das elites dominantes.

Embora os EUA sejam sempre citados como exemplo de democracia, não tenho receio em dizer que a democracia brasileira, com todos os defeitos que conhecemos, é bem mais real e sujeita a mudanças e intervenções dos de baixo do que a dos EUA. Ali o jogo é muito pesado, controlado por grupos econômicos, financeiros e militares e da mídia, que praticamente transformam a participação popular num mero espetáculo estatístico de pesquisas.

No mundo inteiro as democracias são assim, um pouco a expressão da vontade subtraída da maioria em favor de minorias privilegiadas. Seria até um paradoxo imaginar que em algum país pudesse existir uma real democracia participava num cenário que reproduz desigualdades o tempo todo. Seria como imaginar que o povão pobre fosse masoquista, que aprovasse leis contra seus próprios interesses e em favor do enriquecimento de grupos minoritários. Claro que não é assim. O povão é enganado o tempo todo pelas elites, que usam a mídia como principal instrumento dessa enganação do povão. Claro que eles têm outros instrumentos de poder: a força militar, os dólares, o judiciário, os parlamentos, etc.

A mídia é hoje o principal instrumento de poder no Brasil. Mais do que o Executivo, mais do que o Legislativo, mais do que o Judiciário. Não é por acaso que a família mais rica do Brasil hoje é dona do mais poderoso grupo de comunicações do país - a Globo. A mídia tem poder de decidir a agenda do país, é ela quem decide se o povão vive num país que prospera ou num país que vive em caos total. É a mídia que decide, por antecipação, os julgamentos nos tribunais - pelo menos os mais conhecidos. A mídia brasileira conseguiu eleger um presidente até então praticamente desconhecido da população brasileira - Collor de Mello - e depois conseguiu derrubá-lo, quando não interessava mais mantê-lo no poder. A mídia transformou o chamado "mensalão do PT", caso típico de caixa dois praticado por todos os partidos ao longo de décadas, no maior escândalo do Brasil, enquanto manteve escondidos outros grandes, gigantescos escândalos envolvendo os protegidos da mídia. Envolvendo inclusive a própria mídia, claro. Ou alguém acha que estes impérios de comunicação nasceram da "eficiência" de algum empresário? Me poupem a inocência, né pessoal!

Fiz essa volta toda, buscando elementos da nossa história, para mostrar que a realidade política que vivemos exige de nós um pouco de esforço mental para ver para onde esta mídia quer nos conduzir. Nos últimos meses o Brasil foi transformado num verdadeiro caos, como se tudo tivesse caminhando para o abismo. Apenas coisas negativas sobre o Brasil são divulgadas. E paradoxalmente, nunca o Brasil apresentou resultados tão positivos na sua história. Uma década inteira de crescimento econômico, com distribuição de renda - embora aquém do que desejássemos -, com políticas de geração de emprego, baixa inflação, salários com aumentos reais, investimentos externos. Tudo isso convivendo com um mundo em crise e o Brasil suportando tudo com relativa tranquilidade nos aspectos macroeconômicos.

Na era FHC, para cada crise externa em qualquer país do mundo, seja rico ou pobre, o Brasil quebrava, torrava bilhões para segurar a inflação, caía nos braços do FMI e seguia a cartilha deste organismo dos banqueiros internacionais - cortar salários, gerar desemprego, privatizar empresas estratégicas, enfim, entregar o país para o controle externo. A política externa dos tucanos é seguir as orientações da Casa Branca - o Brasil se tornou uma sucursal dos EUA.

Lula e Dilma, com todas as limitações e concessões feitas, mudaram isso. No plano externo, iniciaram uma política independente, ampliando as relações do Brasil com a China, com a Rússia, com os países africanos e especialmente com os nossos vizinhos da América Latina. Ao invés da Alca, proposta pelos EUA - que representaria a total neocolonização do Brasil - Lula e Dilma fortaleceram o Mercosul e apoiaram os governos populares da Bolívia, da Venezuela, entre outros. O governo brasileiro manteve uma política independente em relação aos ataques dos EUA e países ricos da Europa contra os países do Oriente Médio.

Tudo isso desagrada a mídia, que é porta-voz dos piores interesses, contrária aos interesses nacionais. Mesmo porque esta mídia, antes de ser considerada como órgãos de comunicação, são grandes empresas de negócios de poucas famílias e seus interesses estão alinhados com os das elites dominantes. Portanto, somente o cidadão muito desinformado pode achar que os noticiários de uma Globo, de uma Itatiaia, de um jornal Estado de Minas, Folha de São Paulo, e de uma revista Veja, entre outros, são isentos, neutros, ou coisa do tipo. Não são não. São noticiários elaborados com objetivos muito determinados: o de influenciar na opinião das pessoas para que a maioria adote as mesmas ideias dos grupos dominantes.

É muito comum, em função disto, verificarmos nas conversas do dia a dia as pessoas comuns repetirem o que dizem os comentaristas e economistas bem pagos por estas emissoras. Inclusive contra os próprios interesses dessas pessoas simples. Um exemplo disso é quando defendem a privatização de tudo, quando essas pessoas comuns (eu, você e a maioria da população) precisam de serviços públicos para sobreviver. Serviços que os governos neoliberais transferem cada vez mais para a iniciativa privada, que visa lucro acima de qualquer outra coisa. Claro que no capitalismo essa iniciativa privada vai existir, mas se ela é tão competente assim, por que precisa dos recursos do estado, com tudo mastigado, para se estabelecer? Inclusive a mídia que critica a coisa pública, é a que mais ganha dinheiro público.

Mas o grande risco mesmo gira em torno das eleições presidenciais. Gostem ou não do PT - e tem muita esquerda radical que não enxerga um palmo além da própria teoria que cria ou repete -, gostem ou não, a vitória de Lula e Dilma representou mudanças que as elites não aceitam. As políticas sociais - Bolsa Família, Pronatec, Mais Médicos, Luz para todos, Minha Casa Minha Vida, políticas de cotas, entre muitas outras - representam importantes investimentos do dinheiro público em favor dos mais pobres. O Brasil das elites desejaria que todos os investimentos fossem feitos em favor do grupinho privilegiado que sempre se apropriou desses recursos. E agora estão tendo que disputar com os mais pobres. Inclusive os espaços públicos e privados. Vejam o exemplo dos aeroportos: antes, frequentados por poucos; agora, disputados por milhões de brasileiros de todas as camadas sociais. A elite não gosta disso. Não gosta que pobre possa comprar perfume caro, nem frequentar shoppings centeres, nem andar de avião, nem adquirir um automóvel zero quilômetro.

A elite agora tem que pagar todos os direitos às empregadas domésticas, que antes eram tratadas como escravas. As universidades públicas começam a ser frequentadas em grande número por pobres, incluindo os negros. Muitos deles estão participando de programas como Ciências sem Fronteiras, viajando pelo mundo e conhecendo outros horizontes. São milhões de pessoas alcançadas pelos programas sociais do governo federal, mas nada disso aparece na mídia, que é tucana e golpista. Eles só enxergam o caos, preveem que o Brasil vai afundar e propcuram abrir caminhos para que o candidato deles, se eleito (toc, toc, toc na madeira, mil vezes!) possa colocar em prática o tal do choque de gestão e medidas impopulares, como: salários congelados, desemprego em massa, recessão e juros altos. Quem deseja isso?

A mídia conseguiu transformar a Copa do Mundo na responsável por todos os problemas da humanidade. Naquilo que ela deveria criticar, que foi a ocupação de áreas que eram habitadas por famílias de baixa renda com as obras de expansão urbana, ela escondeu. Enquanto isso, ela faz coro à falsa acusação de que o governo federal teria tirado dinheiro da educação e da saúde para as obras dos estádios. Uma desinformação absurda que a presidenta Dilma explicou recentemente: dos oito bilhões de reais gastos para as reformas e construções dos estádios, a metade veio do BNDES, um banco, portanto, que cobrará tudo de volta com juros; a outra metade foram investimentos privados e dos governos estaduais. Nem um centavo do dinheiro previsto em orçamento para a Educação e para a saúde pública foi tirado para as obras da copa. E mais: neste mesmo período que o BNDES investiu 4 bilhões nos estádios, o governo federal gastou mais que R$ 200 bilhões em educação e saúde.

O que a mídia não diz, e portanto omite, é que a não existência da Copa do Mundo no Brasil não resolveria nenhum dos problemas que são legitimamente reivindicados hoje pela população de baixa renda. Problemas estruturais antigos, como: melhor mobilidade urbana, moradia popular, saúde e educação de qualidade para todos. São problemas que requerem mais investimentos e melhores políticas públicas voltadas para os de baixo. Coisas que os candidatos apoiados pela mídia não se propõem a fazer, como de fato não fizeram nos governos que administraram ou administram. Comparem os investimentos sociais (na casa própria, na educação, na saúde, etc.) feitos pelos tucanos nos oito anos de FHC e nos 20 anos de governos em SP e Minas, com os investimentos feitos pelos governos Lula e Dilma em 11 anos de governo. Comparem e vocês verão tudo o que a mídia esconde do povão o tempo todo.

A copa do mundo, com todos os defeitos e equívocos e falta de transparência, coisas próprias da FIFA, que alguns imbecis elegeram como "padrão" para coisas boas, repito, com todos os defeitos, acabou gerando mais empregos, mais turismo, mais investimentos em obras de mobilidade, e só não alcançará um ambiente de maior alegria para o nosso povo em função deste clima negativo que a mídia ajudou a construir nestes últimos anos, tendo em vista seus interesses eleitorais, políticos e financeiros.

Nos últimos meses, acompanhei pela Internet parte do noticiário da TV Telesur, bancada principalmente pela Venezuela e voltada para se contrapor à desinformação dos grupos internacionais, como a CNN e outros. Tinha a impressão de que estava no país errado, porque percebi que eles faziam mais propaganda da Copa do Mundo que acontece no Brasil do que as emissoras de TV "nacionais" (aspas). Incluindo a Globo, que ganha milhões de dólares com a Copa do Mundo, mas que tratou este megaevento como se fosse algo negativo para o país. Até no programa do Faustão, ele chegou a dizer que um país com tantos problemas sociais como o Brasil não poderia fazer grandes gastos com estádios de futebol. Ah, tá bom, então o Brasil poderia deixar de gastar bilhões de reais em publicidade na Globo, na Band, na Itatiaia, já que os problemas na Saúde e na Educação, convenhamos, são muito mais importantes do que a publicidade paga pelas estatais e pelos governos com essas emissoras. Ou vocês não concordam com isso?

Vejam quanto os governos de Minas, de São Paulo e o próprio governo federal gastaram  nos últimos sete anos com publicidade em favor dessas emissoras de TVs, rádios, jornais e revistas, e vocês verão que daria para fazer até duas copas do mundo ou mais. Ora, não seria mais importante investir na Educação pública, na saúde pública? Por que a mídia não faz esta autocrítica, ao invés de criticar a Copa, que pelo menos gerou empregos, trouxe turistas, ao contrário da mídia, que espantou turistas de outros países, já que noticia o tempo todo que o Brasil vive em clima de guerra, que está afundando, que tudo aqui é corrupção, que a copa foi um desperdício, etc.

Por isso mesmo, não tenho receio em afirmar que, se a presidenta Dilma tivesse a metade do apoio que a mídia dá aos tucanos, ela hoje teria 90% de popularidade. Mais um motivo para que o PT, Lula e Dilma, a partir de agora, tratem com mais seriedade a causa da democratização da mídia. Que nada tem a ver com censura. Pelo contrário. É contra a atual censura imposta por meia dúzia de famílias que controlam a mídia. E que estão destruindo o que restou da democracia brasileira, matando as diferenças culturais, e reproduzindo um estado de caos permanente no imaginário das pessoas comuns. E com isso, facilitando o domínio de forças estranhas aos interesses dos de baixo.

Um forte abraço a todos e força na luta! Até a nossa vitória!

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domingo, 1 de junho de 2014

Junho, com copa, sala, cozinha e banheiro




O clipe da Copa, elaborado pelo casal Cloaca News.

O mês de junho de 2014 terá um pouco de tudo no Brasil. A casa completa, com copa - sim, vai ter Copa! - e uma sala bem ampla para receber turistas e manifestantes de todos os gostos. A cozinha não pode faltar. Nos governos Dilma e Lula, podem acusá-los de muitas coisas, mas de uma coisa ninguém pode negar: o pão se multiplicou. E o banheiro, especialmente no quesito privada, estará reservado para a mídia brasileira, golpista, neoliberal e corresponsável por quase tudo de ruim que acontece no Brasil. E no mundo também, porque a mídia daqui, nas questões internacionais, só reproduz o que as centrais de notícias dos grupos econômicos que dominam o mundo mandam para cá.

O mês de junho é também o mês das festas juninas, com suas canjicas, pipocas, amendoins, quentões e caldos. Tudo de bom. Só tenho boas recordações das festas juninas em Vespasiano, desde os tempos do antigo Arraial, que praticamente nasceu junto com a nossa querida capital de Minas, palco, esta, de um sem número de acontecimentos políticos, artísticos e culturais de expressão. As fogueiras de Junho queimavam até tarde da noite avançando madrugada adentro. As pessoas se reuniam contando os causos que misturavam histórias de muitas gerações. Causos que certa feita registrei, alguns deles, num pequeno livro que publiquei há 14 anos.

Mas é certo que Junho deste ano terá um sentido todo especial, por causa da Copa do Mundo, que consegue mobilizar milhões de pessoas em todo o planeta. Tivéssemos uma mídia menos anti-Brasil dos de baixo, menos tucana, mais isenta, por assim dizer, e este evento teria sido transformado talvez no mais importante acontecimento do ano. Pela paixão do povo brasileiro ao futebol, pela oportunidade de atrair as atenções do mundo para as coisas boas e ruins do Brasil. Enfim, pelo significado mesmo de um acontecimento tão grandioso como sempre foram as copas do mundo.

Lembro-me, ali pelos anos de 1985, passeando pelas ruas de Moscou, no XII Festival da Juventude e dos Estudantes, juntamente com a delegação de cento e poucos brasileiros, quando e como éramos abordados por pessoas de todas as partes do mundo. Era consenso a identificação de Brasil com futebol. Era como se a única coisa que se destacasse entre os brasileiros perante a humanidade fosse o futebol. Claro que não digo isso de forma negativa não. Ser reconhecido como um povo que gosta de esporte é algo bom, positivo, sobretudo considerando que se trata de um esporte adorado por milhões de pessoas. E o Brasil sempre foi celeiro de grandes talentos, com alguns poucos craques brilhantes, entre eles Garrincha e Pelé. Eu, que pessoalmente nunca fui muito ligado ao futebol - a não ser até os 14 anos de idade, quando jogava bola nos times amadores da cidade, e era razoavelmente bom de bola, diziam os adversários - acabava por me identificar também com esta carcaterística da nossa cultura.

Contudo, no Brasil de 2014, país do futebol, que tem a grande oportunidade de sediar o maior evento do futebol - a Copa do Mundo - assistimos durante os últimos dois anos pelo menos algo inusitado: o quase total silêncio da mídia, ela que ganha muito com futebol, que explora às vezes de forma desonesta a paixão honesta do nosso povo pelo futebol. Esta mídia não só quase se omitiu, como também apoiou e vibrou com o clima do "não vai ter Copa", ou algo do tipo. Frase que, dita pelos movimentos sociais atingidos pelas obras da copa, faz todo sentido. Uma indignação legítima, um protesto sincero de grupos de pessoas que de alguma forma foram prejudicadas com as obras da Copa e com as políticas de "higienização social" - ou seja, a prática de empurrar os pobres para as franjas dos grandes centros urbanos.

A mídia partidária torceu para que o movimento de junho de 2013 ganhasse força, desde que fosse contra o governo Dilma. Mas como se tratava de um movimento heterogêneo, de muitas cores, era impossível prever que fim teria tal movimento. A mída vibrou quando, no final da Copa das Confederações, houve uma queda nos índices eleitorais da presidenta Dilma. Era a senha para que aquele movimento continuasse. O caminho do golpe estava aberto. Nós vimos no que resultou a maioria das manifestações de protestos em todo o mundo: a ascensão de direitas golpistas, fascistas e ditatoriais. Seja no Oriente Médio ou na Europa, através de eleições ou de derrubadas violentas dos governos, não vimos uma única força de esquerda tomando a frente dos processos. Por que será? Quem estaria por trás da maioria destes protestos?

Claro que não quero negar nem a legitimidade, nem a oportunidade, e muito menos a importância dos protestos aqui no Brasil. Nem pretendo aqui compará-los aos de outras partes do mundo. Mas não nascemos hoje. Como dizia Brizola: "nós viemos de longe". Embora não sejamos gatos escaldados como outros personagens da nossa história ainda recente, não é possível desconhecer os arranjos, as tramóias, e o que está por trás, enfim, das movimentações para derrubar o governo Dilma e Lula.

O Brasil atual merece cuidados por parte dos de baixo, mais do que dos de cima. Estes, como sempre, acabam se arranjando, seja aqui ou em Miami. Nós, os de baixo, não. Se entra um governo neoliberal somos nós que pagamos o pato, com salários arrochados, políticas de recessão, desemprego em massa. E o Brasil vive hoje próximo de uma nova escolha: se quer continuar com a era Lula e Dilma, com as devidas reformas que precisam acontecer; ou se quer mudar ou voltar para o passado da era FHC, com os outros dois candidatos que se apresentam, sobreuto com o candidato do tucanato.

Quando faço esta análise, não estou me referindo às pessoas dos candidatos, que podem até ter as melhores intenções - na cabeça deles, claro - do mundo. Mas as pessoas não se candidatam de forma independente. Elas representam interesses, grupos, têm uma história, estão ligadas a projetos políticos que falam por si. No caso da candidata do PT, por exemplo, com todas as limitações e equívocos, muitos dos quais já critiquei aqui, está ligada a um projeto e a uma história de relação com os movimentos sociais, com as lutas e demandas dos de baixo. Não é à toa que, apesar das pressões e de todas as concessões feitas aos grupos dominantes, Lula e Dilma não abriram mão de desenvolver políticas de geração de emprego, aumentos reais nos salários, política externa não alinhada ao imperialismo norte-americano, além das políticas sociais de amparo aos mais pobres.

Bem diferente é a situação do candidato dos tucanos. O histórico dos tucanos e demos está associado à privatização de estatais estratégicas para o país - só faltou a Petrobrás, que eles agora não param de atacar para justificar uma posterior privatização. A era FHC foi marcada também por políticas impopulares e contra os servidores públicos. O ex-presidente do Banco Central daquela era, Armínio Fraga, que supostamente ocuparia mais ou menos o mesmo papel que Anastasia ocupou aqui em Minas com o choque de gestão de Aécio, já avisou: o salário mínimo está muito alto e mais desemprego é bom para a economia. Eles querem mais desemprego, pois isso força a queda dos salários, do consumo de massa, a redução das greves, mantendo a inflação baixa ao preço de uma tremenda recessão econômica que atinge aos de baixo, em primeiro lugar.

Aqui em Minas nós vimos o que aconteceu no "milagre" dos 12 anos de governos tucanos com o choque de gestão: muita grana para a mídia, desde que ela se mantenha tipo a Rádio Itatiaia - 100% tucana -, um tratamento especial para a polícia - muito mais por medo de revoltas da força armada; e total corte na maior categoria do Estado, que é a dos educadores. De cada três servidores públicos do estado, dois são educadores. E foi em cima do corte feito em cima dos educadores que o governo bancou a mídia, os privilégios do legislativo e do judiciário, além dos aumentos da polícia, e algumas poucas obras, como a Cidade Administrativa. Hoje, ou no início de 2015, o policial militar ganhará merecidamente R$ 4.000,00 por mês em início de carreira. Digo merecidamente porque considero que a área de segurança pública corre riscos que justificam uma remuneração adequada. Tirando a parte da repressão ao movimento social - que jamais deveria ser caso de polícia - sempre dissemos aqui que a segurança pública e seus servidores merecem todo o nosso respeito e merecem ganhar até mais do que o salário citado.

Contudo, os professores da rede estadual, com curso superior e tudo mais, aguentando todo tipo de pressão psicológica comum ao magistério dos dias atuais, recebe, como salário bruto, ou seja, soma total de salário, apenas dois salários mínimos. Tiveram seu piso salarial negado, sua carreira destruída, seus sonhos massacrados. Nem a greve de 112 dias de 2011 foi capaz de sensibilizar o governo dos tucanos, que tratou aquele acontecimento com toda crueza e desprezo, inclusive contratando substitutos sem qualquer qualificação profissional para entrar nas salas de aula no lugar dos verdadeiros profissionais do ensino público. Uma vergonha para Minas, que assistiu a tudo aquilo quase em silêncio, sobretudo com o silêncio cúmplice da maioria dos editorialistas e comentaristas de jornais, rádios e TVs, com as raras exceções de praxe.

É por isso que não desejo para o Brasil o que aconteceu em Minas, nem tampouco o que aconteceu no Brasil antes da era Lula e Dilma. É certo que haverá o momento de uma mudança mais profunda, mais radical, por assim dizer. Há tempo para tudo. Estas coisas, contudo, não acontecem segundo as nossas vontades. Se dependesse dos meus sonhos pessoais, desde a minha infância política, por volta dos 18 anos, o mundo já seria outro, não haveria fronteiras entre os países, nem estado, nem mercado. Viveríamos a verdadeira comunidade fraterna, solidária, entre diferentes povos que se ajudariam, ao invés da concorrência cega e egoísta comum ao capitalismo, que cria desigualdades sociais e semeia ódio.

Uma coisa, contudo, é o sonho de um mundo melhor, diferente deste que conhecemos. Outra coisa é a realidade dada, o "dado concreto", no dizer do Lula, a realidade palpável que vivemos. E que está sempre em transformação, mas que não necessariamente se transforma para melhor. Os exemplos de retrocessos são muitos. Um governo neoliberal, agora, no executivo federal, poderá representar um grande retrocesso para o Brasil. Direitos históricos dos trabalhadores podem ser atacados. A relação fraterna da diplomacia brasileira construída na era Lula e Dilma - com  os países africanos, com Cuba, com a Rússia, com a China, com os países do Oriente Médio, com os nossos vizinhos latino-americanos, especialmente a Venezuela -, pode ser totalmente destruída. O que seria um retrocesso para o Brasil e para o mundo.

Porque, ao contrário do PT, Lula e Dilma - que com todos os problemas não se alinharam ao imperialismo norte-americano -, o tucanato não esconde que pretende mudar totalmente a política externa brasileira, colocá-la a reboque dos EUA e dos países ricos da Europa, como acontecia antes, na era FHC. O Brasil dos de baixo não merece isso. A humanidade dos de baixo também não merece.

Finalmente, cabe destacar um acontecimento que chamou a atenção de todos: o afastamento do presidente do STF, Joaquim Barbosa. Considero que será muito bom para o Brasil e para as instituições democráticas que tal afastamento aconteça o mais rápido possível. Eu, pelo menos, tinha um conceito positivo do ministro Joaquim Barbosa até o julgamento da AP 470, o chamado mensalão do PT. Até aquele momento, achava que Barbosa havia se destacado na defesa do piso salarial dos educadores e até no enfrentamento contra o ministro Gilmar Mendes, claramente um quadro tucano no STF. Mas, alguma coisa aconteceu quando ele assumiu a relatoria da AP 470. Primeiramente, ele ganhou os holofotes da mídia, que já havia condenado as lideranças do PT antes mesmo que houvesse qualquer julgamento. Enquanto isso, esta mesma mídia escondia - como continua escondendo - o chamado mensalão tucano, mais antigo e cujos personagens permanecem impunes.

Quem acompanhou todo o processo do julgamento da AP 470, desde as sessões plenárias do STF, as manobras feitas pelo então ministro-relator Joaquim Barbosa, até o ato final, com a prisão sensacionalista dos dirigentes petistas em pleno feriado nacional do dia da República - 15 de novembro -, e finalmente os atos arbitrários contra as lideranças do PT, percebeu o risco que o Brasil correu. Barbosa encarnou todo o ódio que a mídia e elite brasileiras têm contra o PT, Lula e Dilma. Um ódio de classe mesmo, de inimigos. Barbosa foi transformado pela reacionária e golpista revista Veja e pela Globo em herói nacional. Um suposto paladino do moralismo, bem ao gosto da antiga UDN - partido da direita que ajudou a derrubar Jango em 1964. Por pouco ele teria sido lançado candidato da direita à presidência da República. Até que algumas mentes mais espertas do tucanato perceberam que a cobra que haviam alimentado estava ganhando força, e só então passaram a isolar o potencial candidato.

Tendo se tornado uma espécie de carcereiro de José Dirceu e José Genoino - volto a dizer, falem mal o quanto quiserem destes dois personagens, mas não há como negar a história dos dois ligada às lutas democráticas do povo brasileiro nos últimos 50 anos, pelo menos -, Barbosa passou a criar todo tipo de situação para negar o direito dos dois ao trabalho externo (caso de Dirceu) ou à prisão domiciliar (caso do Genoino, com grave doença e idoso). Criticado pela CNBB, pela OAB, pelo Ministério Público Federal, por entidades como MST, UNE e CUT, e poupado apenas pelo tucanato e por sua mídia, não restou outra alternativa ao presidente do STF que não a de pedir sua aposentadoria. Ele não teve a coragem de submeter suas arbirtrárias decisões monocráticas ao plenário dos ministros do STF. Nem tampouco desejou continuar ministro quando Ricardo Lewandowski assumirá a presidência da Corte Maior do país.

Mas eu afirmo aqui, sem receio de erros: o chamado Mensalão do PT foi a maior farsa já produzida nos últimos anos. Houve caixa dois de campanha? Houve. Aliás, o mesmo caixa dois que acontece em praticamente todas as cidades e estados do país há décadas. Mas a elite precisava de um fato qualquer, mesmo que midiaticamente construído, para tentar derrubar Lula e Dilma. Tanto que a AP 470 foi julgada em plena época de eleição, com transmissão ao vivo pela Globonews e repercussão imediata nos programas "jornalísticos" (aspas) de todas as emissoras. Um verdadeiro massacre midiático diário contra os "mensaleiros do PT", coisa vista antes somente contra Getúlio, Jango e Brizola - apesar de que estes, nas décadas de 50 e 60, pelo menos tinham alguma imprensa em seu favor. Na democracia do pós-golpe de 64, a esquerda simplesmente voltou sem mídia. E continua assim até os dias atuais. É rigorosamente verdadeira a frase do Brizola naquele comício cujo vídeo reproduzi no post passado: "Eu não tenho um jornal, uma estação de rádio... eles têm tudo... mas mesmo assim, como é que com esse poder gigantesco não conseguem derrotar o Brizola?" Pausa para rir um pouco, tanto do jeitão gauchesco do corajoso ex-líder Brizola, quanto da cara de tacho desta mídia golpista, que tem sido derrotada nas últimas três eleições para presidência da República, apesar de toda a propaganda falaciosa.

Está na hora de continuarmos com esta tradição de derrotas das elites e de sua mídia golpista. E também de exigirmos de Lula e Dilma que tomem vergonha na cara e liderem um processo de democratização da mídia no Brasil. Queremos milhares de TVs e rádios comunitárias funcionando; milhares de jornais de bairros e do interior do Brasil, além dos blogs, recebendo apoio oficial dos governos e estatais, de forma republicana e não condicionada como acontece com a mídia mineira, que recebe publicidade dos governos municipal, estadual e federal, mas é proibida de criticar apenas o governo estadual. Ou seja, uma mídia tucana. Queremos uma mídia republicana, que critique o PT quando necessário, critique a Dilma, o Lula, mas que critique também, em igual medida, ao PSDB e seus governantes e dirigentes.

No mais, boas festas juninas, e boa vibração durante a Copa do Mundo, que acontece no Brasil, embora muita gente ainda sequer parece saber disto, por incrível que pareça.

Um forte abraço a todos e força na luta! Até a nossa vitória!

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Sugestões de consulta na Internet:

- Blog Viomundo
- Jornal GGN
- Diário do Centro do Mundo
- Blog Escrevinhador
- Blog do Miro
- Blog do Mello
- Revista Forum
- Blog O Cafezinho
- Blog Cloaca News
- Blog Conversa Afiada
- Blog Tijolaço
- Blog Socialista Morena
 
- Blog Maria Fro  
- Blog da Cidadania 
- Carta Capital
- Telesur ao vivo
 
- TV NBR (do governo Federal)
- Portal EBC