quinta-feira, 25 de outubro de 2012

"A Oposição Sindical e as Eleições do Sind-UTE/MG"


"A Oposição Sindical e as Eleições do Sind-UTE/MG

Rômulo Radicchi
 
Apesar do título, as ideias apresentadas nesse texto não são uma posição oficial de todo o conjunto da oposição sindical do Sind-UTE/MG. Após inúmeras manifestações favoráveis ao lançamento de uma Chapa da Oposição no próprio Blog do companheiro Euler e através de emails e telefonemas que recebi, venho publicamente apresentar algumas justificativas da não possibilidade de tal tarefa ser concretizada.

As inscrições vão até o dia 16 de novembro e muitos dirão que se houver um somatório de esforços e uma grande dose de energia é possível arregimentar os companheiros pelo estado afora e cumprir as prerrogativas estatutárias.

É justo esse pensamento, mas é fundamental que entendamos o contexto em que essas eleições se realizam e a realidade da nossa categoria e de suas lideranças.

1) As heróicas greves de 2010 e 2011 produziram inúmeras lideranças combativas por todo o estado.  Parte da categoria lutou bravamente. Houve derrotas econômicas e vitórias políticas. Nos ápices das greves, era visível a unidade de parte da categoria e a abnegação de centenas de lideranças, incluindo a direção estadual e boa parte das diretorias de sub-sedes. O grupo que historicamente compôs a oposição sindical, antes como movimento “Muda Sind-UTE” e do meio de 2011 para cá como NDG (Núcleo Duro da Greve), que engloba companheiros da CONLUTAS, LIGA OPERÁRIA, INTERSINDICAL, CONSULTA POPULAR e Independentes, teve uma posição importante nas últimas greves, fazendo sempre uma oposição propositiva, buscando a unidade no combate ao inimigo maior. Após a greve de 2011 ocorreu uma certa dispersão, até certo ponto natural e os membros do NDG voltaram para a escola, ainda mais empobrecidos, como o restante da categoria e, infelizmente, com um nível de organização abaixo do desejável.

2) Essas lideranças voltaram a se reunir em abril de 2012 em Belo Horizonte, na sede do Sindicato Marreta, e realizaram um profundo balanço da greve de 2011 e coletivamente construíram propostas de atuação no chão da escola. Nenhum diretor sindical liberado participou da atividade e a REALIDADE apresentada foi de muitas idéias boas nos corações e mentes, mas a necessidade da sobrevivência em primeiro lugar, a maioria com suas 36 aulas semanais, fora o turbilhão que é a vida de um educador. Talvez um erro cometido e que precisamos avaliar é de que em nenhum momento, mesmo sabendo que no fim do ano ocorreriam eleições, esse tema foi pauta de debate.

3) No ultimo Congresso em Araxá foi aprovada uma mudança no Estatuto do Sindicato.  O artigo alterado ficou com a seguinte redação:
Art. 76. A chapa concorrente à direção estadual deverá contar com pelo menos 70%
(setenta por cento) dos seus componentes representando o interior do Estado, excluída
deste percentual a Região Metropolitana de Belo Horizonte, sendo necessária a representação de pelo menos 40% (quarenta por cento) das Subsedes em funcionamento.


Nós nos esforçamos para que não ocorresse tal alteração. Entendemos que não existe necessidade de passar dos 30% para 40% de subsedes. Quem já participou de Congressos sabe o que vou dizer. Eu e o companheiro Gilber de Uberlândia fizemos a defesa da não modificação (eu no grupo e ele na Plenária). Após minha fala recebi várias manifestações de apoio e ao almoçar no restaurante recebi a seguinte justificativa. “Rômulo, eu concordei com tudo que você falou, mas é que eu já vim pra cá combinado com a coordenadora da minha delegação de que votaria em tudo que ela orientar, pois afinal de contas estamos no Hotel Dona Bêja”. Confesso que até perdi forças para argumentar algo.

4) Aumentar o coeficiente é aumentar a burocracia. Uma chapa de educadores tem que procurar expressar as diferentes regiões do estado, mesclando educadores do interior e da capital, mas, sobretudo, essa chapa precisa expressar uma linha política de atuação sindical. É preciso levar em conta fatores subjetivos. Podemos ter uma subsede super atuante, combativa, ligada a base, mas que nenhum de seus representantes ou membros almeja ser dirigente estadual. O Euler é um exemplo de uma grande liderança da nossa categoria que não tem o desejo de atuar como dirigente sindical. Aponto esses exemplos para dizer que se organizamos 54 companheiros (as) (o número para compor a chapa à direção estadual) e esses educadores não saem de 40% das subsedes, não quer dizer que essa chapa não seja expressiva e não possa ser porta-voz de outros milhares de educadores. A atual direção estadual nunca observa esses fatores subjetivos, sempre conseguirá atingir esse coeficiente, pois além de ter a máquina na mão não se importa muito com o fato de convidar educadores só para compor número. Seria interessante se eles apresentassem um balanço dos 03 anos de atuação de seus atuais 54 diretores.

5) E se fosse ainda os 30%? A oposição conformaria uma chapa? Seria um pouco mais fácil, mas devido as nossas dificuldades de organização talvez não conseguiríamos.

6) Muitos companheiros me ligaram e mandaram email pedindo, caso não conformar uma chapa de oposição, para que eu participasse da Comissão Eleitoral Geral. Agradeço a lembrança, mas segundo o estatuto o fato de eu ainda ser diretor da subsede de Ribeirão das Neves (atuação medíocre) me impede de participar da Comissão.

7) Eu não irei concorrer a nenhum cargo em nenhuma instância do Sind-UTE/MG. Continuarei na luta pela base, na minha escola, participando de todas as lutas na nossa categoria. Ah, as correntes estão guardadas comigo, precisando...

8) Aos NDGistas que se interessarem a concorrer em suas Subsedes e/ou Conselho Geral fica todo o meu apoio. Conclamo voto nesses educadores para que tenhamos subsedes atuantes e combativas e um Conselho cada vez mais porreta. Estarei lá nas reuniões, com direito a voz, sem direito a voto. Caso tenhamos somente uma chapa para Direção Estadual, eu vou anular meu voto e você?

Força na Luta, sempre!

Rômulo – Professor de História da E.E Guerino Casassanta em Ribeirão das Neves."


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MANIFESTO CONTRA USO INDISCRIMINADO DE AGROTÓXICOS E CONTRA CRIMINALIZAÇÃO DE FREI GILVANDER.
Prisão preventiva para Frei Gilvander por denunciar uso indiscriminado de agrotóxico? Isso é injusto, ilegal e inadmissível.

Frei Gilvander Luís Moreira, padre da Ordem dos Carmelitas, militante dos direitos humanos, assessor da Comissão Pastoral da Terra, conselheiro do Conselho Estadual de Direitos Humanos – CONEDH/MG - apoiador e articulador dos movimentos sociais populares, dentre os diversos trabalhos que vem realizando em Minas Gerais na defesa dos pobres e, sobretudo da vida com dignidade, divulgou no www.youtube.com.br e em seu sitewww.gilvander.com.br (Galeria de vídeos) um vídeo que denuncia o excesso de veneno em feijão no município de Unaí, Noroeste de Minas Gerais, Brasil. O vídeo tem em como título: O feijão de Unaí está envenenado? – encontrável através do link: http://www.youtube.com/watch?v=uOrtJVd-A0Q&feature=relmfu

Frei Gilvander escutou a denúncia e colheu algumas informações de usuários da marca Feijão Unaí utilizando-se do direito da livre manifestação, do direito a informação e atendeu ao apelo da Campanha da Fraternidade 2011: “Fraternidade e Saúde Pública”, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil - CNBB.

É de conhecimento público que o uso indiscriminado de agrotóxicos, no meio popular rural chamado de veneno, se tornou objeto de inúmeras reportagens, pesquisas científicas e documentários, tendo causado grandes problemas para a saúde de muita gente, inclusive com comprovação científica de ser uma das causas do vertiginoso número de pessoas com câncer no Brasil. Cf. o Filme-Documentário O VENENO ESTÁ NA MESA, do cineasta Sílvio Tendler, também disponibilizado na internet, no youtube.
A matéria do vídeo divulgado traz uma grande preocupação com a saúde das pessoas que vivem na região de Unaí pelo excesso de utilização de veneno nos alimentos, entre os quais, o feijão. O vídeo fala do feijão que foi enviado para a merenda escolar de uma determinada escola e que as cozinheiras ao iniciaram o preparo do feijão não suportaram o mau cheiro e os sinais de veneno contidos no feijão, chegando, inclusive a passarem mal. Que este processo vem se repetindo, chegando ao ponto de até já ter que jogar o feijão fora e que este feijão tem a marca “feijão Unaí”.

Um Relatório da Câmara dos Deputados afirma que “A incidência de câncer em regiões produtoras de Minas Gerais, que usam intensamente agrotóxicos em patamares bem acima das médias nacional e mundial, sugere uma relação estreita entre essa moléstia e a presença de agrotóxico’. Em Minas Gerais, justamente na cidade de Unaí, está sendo construído um Hospital do Câncer conforme pode ser visto em:http://www.youtube.com/watch?v=pBoc847Z134, pela malsinada ocorrência volumosa desta doença na região Noroeste de Minas Gerais.

Segundo os dados apresentados na Ausculta Pública que foi realizada em UNAÍ pela Comissão Parlamentar, revelaram no documento da CAMARA FEDERAL, que já estão ocorrendo cerca de 1.260 casos/ano/100.000 por habitantes. A média mundial não ultrapassa 400 casos/ano/100.000 pessoas.” Ou seja, se não houver uma redução drástica no uso de agrotóxico, daqui a 10 anos, poderá ter na região noroeste atendidos na cidade de Unaí, mais de 12.600 pessoas com câncer, sem contar o grande número de pessoas que já contraíram essa moléstia grave.

Nesse sentido, se observar bem a narrativa do vídeo apresentado por Frei Gilvander, há apenas depoimentos de consumidores da marca Feijão Unaí revelando o mau cheiro no feijão característico de uso de agrotóxicos. Não há uma narrativa de cunho difamatório, senão apenas informativa em que pessoas dizem sua opinião e o que pensam sobre o dito feijão.

Porque foi dito isso na entrevista e apresentada a marca do feijão, a Empresa responsável/proprietária do Feijão Unaí não só processou o Frei Gilvander e os responsáveis do Google e Yootube, como o juiz de Unaí, do Juizado Especial Cível, responsável pelo processo, decretou a prisão preventiva de Frei Gilvander, caso não seja retirado o vídeo da internet dentro de cinco dias.

O Estado democrático de direito em que vivemos nos garante o direito de livre expressão e de informação, assim como o sagrado direito a saúde. Um vídeo como este que pretende alertar as pessoas para o cuidado com o veneno nos alimentos, chegou ao cúmulo de se transformar em um processo no qual a empresa alega ter sofrido “danos materiais” e “danos morais”, de haver sido vítima de “difamação” e para completar, o juiz cível decreta a prisão do frei e dos diretores do Google e do youtube, que, inclusive, já apresentaram defesa dizendo que no vídeo não nada de ilícito, que o vídeo se trata de reportagem, de informação, o que está assegurado pelas leis brasileiras. Por isso o Youtube nem frei Gilvander não retiraram o vídeo do ar.

Conclamamos apoio e ampla divulgação desse Manifesto, considerando que tal processo e decisão judicial é uma ofensa ao Estado democrático de direito, uma violação do direito fundamental de livre manifestação e de informação, assim como uma ameaça à saúde pública visto que o vídeo é um importante alerta não só para as pessoas que vivem na região de Unaí, MG, mas para toda a população brasileira.

Assista ao vídeo acessando o link:
http://www.youtube.com/watch?v=uOrtJVd-A0Q&feature=relmfu

E, se você julgar pertinente, acrescente seu nome ou o nome de seu movimento/entidade na lista, abaixo, e socialize, compartilhe com outras pessoas para que se fortaleça a Campanha Permanente contra os agrotóxicos e por alimentação saudável, sem criminalização de quem defende os direitos humanos.
Assinam esse Manifesto:

Comissão dos Direitos Humanos da OAB/MG
Movimento Nacional de Direitos Humanos - MNDH
Conselho Estadual dos Direitos Humanos de Minas Gerais - CONEDH
Brigadas Populares
CUT-MG – Central Única dos Trabalhadores
SINDUTE-MG
SINDIELETRO-MG
MST – Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MG
Comissão Pastoral da Terra – CPT/MG
SINDPOL/MG – Sindicato dos Servidores da Polícia Civil do Estado de Minas Gerais
MLB – Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas
AGB – Associação dos Geógrafos Brasileiros
MTD – Movimento dos Trabalhadores Desempregados
SINDÁGUA-MG
PSOL-MG
Prof. José Luiz Quadros de Magalhães, Dr. Direito Constitucional, prof. UFMG E PUC-MINAS
Patrus Ananias, ex-Ministro do Ministério do Desenvolvimento Social
Deputado Federal Padre João Carlos, da Subcomissão Especial sobre o Uso dos Agrotóxicos e suas Consequências à Saúde na Câmara dos Deputados
Willian Santos, presidente da Comissão dos Direitos Humanos da OAB-MG
Grupo de amigos e Familiares de Pessoas em Privação de Liberdade
Instituto Helena Greco de Direitos Humanos e Cidadania
Centro de Cooperação Comunitária Casa Palmares
Rede de apoio e solidariedade as ocupações
Conselho da Comunidade na Execução Penal de Belo Horizonte
Comunidade Dandara
RENAP – Rede Nacional de Advogados Populares
IPDMS – Instituto de Pesquisa, Direito e Movimentos Sociais, MG
Programa Pólos de Cidadania da UFMG
Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa do Estado de Minas Gerais
MOCECO
Comissão de Meio ambiente do bairro Havaí e Adjacências
Ana Maria Turolla
Vereador Adriano Ventura – Partido dos Trabalhadores/BH
RECID – Rede de Educação Cidadã, MG
Fórum Mineiro de Direitos Humanos
Osmar Resende – Libertos Comunicação (Movimento LGBT)
Mídia, Comunicação e Direitos Humanos
Instituto de Direitos Humanos – IDH
Fórum Mineiro de Direitos Humanos
Comitê Estadual de Educação e Direitos Humanos – COMEDH
........
Belo Horizonte, MG, Brasil, 25 de outubro de 2012.
 

P.S.: O Blog do Euler se solidariza com o combativo amigo dos educadores e dos demais oprimidos FREI GILVANDER.  
 

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

"Professor no fundo do poço"


Olá, pessoal! Recebi e-mail de um colega professor, Moysés Peruhype Carlech, hoje com 70 anos, que se aposentou com um salário mínimo. Como ele autorizou a publicação de sua carta, eis, a seguir, a transcrição na íntegra da mesma. Para a reflexão de todos os colegas professores, de Minas e do Brasil.

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"PROFESSOR NO FUNDO DO POÇO

Esta é a minha situação como Professor Efetivo do Estado de Minas Gerais, aposentado no mês de Junho/2012 com “Proventos por média” no valor de R$ 622,00 , brutos, isto mesmo, salário mínimo, ao completar 70 anos e com 15 anos de trabalho como Professor Efetivo de Física no ensino médio, com os descontos normais e de um empréstimo consignado no valor de R$396,91, recebo líquido apenas R$150,00 mensais. 
 
E agora, José? Se você gritasse se você gemesse se você tocasse a valsa vienense, se você dormisse, se você cansasse, se você morresse... Mas você não morre, você é duro, José! O que eu posso fazer? Você marcha José! José, para onde?”

Até o mês de Julho/2012 estava recebendo mensalmente R$ 3.121,10 trabalhando em dois períodos, não é um grande salário, mas, comparando com a situação atual é infinitamente melhor. 
 
Prevendo a situação atual, tentei continuar lecionando, pois a saúde me permite, mas, o sistema não me deixa continuar, devido à idade. E agora, o que eu vou fazer para sobreviver e ter uma vida digna? Quem vai empregar um velho de 70 anos?

Optei pela educação desde o ano de 1994 e naquela época os professores podiam aposentar com o último salário que estavam percebendo quando estavam na ativa. E hoje? O estado economiza nas costas de uns para sobrar para outros. 
 
Esta minha situação é uma alerta para os professores que estão trabalhando, pois, quando se aposentarem, irão perceber o mínimo do mínimo e não o necessário para a sua sobrevivência. 
 
Esta situação precária dos professores vem de há muito tempo, minha mãe, hoje com 95 anos, era professora do estado/MG e vendo que não poderia sobreviver com R$ 1.000,00 por mês quando fosse aposentar, fez concurso no próprio estado para outra área para ganhar mais e ter uma aposentadoria um pouco mais tranqüila, isto ocorreu há mais de trinta anos. 
 
A projeção do estado para o salário de um professor que hoje ganha R$ 1.524,59 mensais para o ano de 2015 é de R$ 1.550,00, enquanto um soldado da PM que hoje percebe R$ 2.500,00 irá ganhar em 2015 R$ 4.000,00. Não tenho nada contra, apenas pergunto, por que fazem isto com a educação e seus profissionais?

Não há na educação um plano de progressão dos seus profissionais, como na PM, quando um soldado, teoricamente, pode chegar ao posto de coronel, através de concursos e promoções, dando-lhe direito de aposentar com proventos integrais correspondentes ao último posto ou da última promoção. 
 
E o que consta no Estatuto do Idoso, Lei 10.741 de 1º de outubro de 2003, no Art. 3º: É obrigação da família, da comunidade, da sociedade e do Poder Público assegurar ao idoso, com absoluta prioridade, a efetivação do direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária. Será que o poder público está me assegurando todas essas garantias e prerrogativas, como professor e cidadão, ora em fim de carreira e agora aposentado?

Alguns podem argumentar que muitos ganham salário mínimo neste país e não morrem de fome, sabe lá Deus se isto é verdade. Infelizmente, estes, não têm instrução suficiente para almejar uma situação melhor. No meu caso, é totalmente diferente, não estou acostumado a ganhar salário mínimo, pois luto desde a minha maioridade para almejar um futuro melhor, para isto estudei e me formei em: Engenharia Mecânica na PUC/BH (1966/1970), tenho cursos de Licenciatura Plena em Matemática e Física (1994/1996) e Pós-Graduação em Física na UFV (2001/2002), além de vários cursos de aperfeiçoamento e participação em vários eventos como na VII FEBRACE (USP/SP) em 2007. Para o estado, nada disso é importante, nós, os mais experientes, somos equiparados salarialmente aos iniciantes. 
 
Trabalhar no estado/MG, hoje, como professor, só é um bom negócio para aqueles que estão ganhando salário mínimo. Basta fazer um curso presencial ou não de Licenciatura de 2 ou 3 anos e imediatamente, sem comprovação se estão aptos ou não para darem aula, pois não existe uma “prova” como na OAB, já podem lecionar no Estado como contratados e são muitos nesta situação, percebendo o mesmo valor salarial igual àqueles professores que lá estão há 15 ou 20 anos e até mais. Esta é uma das causas da má qualidade do nosso ensino: professores despreparados para a função “fingindo que ensinam e os alunos fingindo que aprendem” e todos ganhando mal. O estado quer alguém na frente dos alunos dizendo que é professor, se é bom ou ruim não importa. 
 
Dizem que se conselho fosse bom, valeria dinheiro, mas, mesmo assim, aconselho aos mais jovens para optarem por carreiras mais sólidas e valorizadas que lhes garantam uma aposentadoria mais digna no futuro, tais como: Carreira Militar, Judiciário e Carreira Política. São profissões intocáveis, pois não há leis para diminuir os seus salários, ao contrário, sempre percebem aumentos substanciais e aposentam com salários integrais e com gordas vantagens. 
 
Este meu protesto não é apenas um protesto solitário de um professor prejudicado por ações e leis injustas que relegam os profissionais da educação às piores situações de abandono e desvalorização do ser humano. É um clamor de toda a nação para rever este sistema de injustiça e descaso por que passa a educação neste país, no sentido de valorizar o ensino e os seus profissionais, pois, se o Brasil quiser entrar para o primeiro mundo, tem que valorizar a educação. A educação é o princípio de tudo, qualquer profissão precisa de um “bom professor”.
(...)
Há um provérbio coreano que diz: “Nem sequer pise na sombra de um professor.”
O respeito ao professor é uma questão cultural.

Aqui no Brasil, além de pisarem na sombra do professor, pisa-se nele mesmo. Sinto que pisaram não foi só no meu corpo e sim também na minha alma.

É desumano o tratamento dado ao professor no Brasil, seja de qualquer grau de escolaridade ou de posição cultural. Esta vulgarização do professor ocorreu após 1960, antes, não era assim, lembro-me que os professores do Colégio Estadual da minha terra, onde estudei o ginasial, eram respeitados tanto dentro da sala de aula como na sociedade em geral.

O meu sentimento de frustação e decepção por eu ter escolhido a profissão de professor num determinado momento da minha vida, é enorme, mas, normalmente escolhemos os caminhos que sabemos que não nos levarão onde gostaríamos de chegar, talvez por teimosia, talvez por esperança, talvez por querer acreditar que aquilo que queremos é possível.

A dor se torna maior quando a decepção é esperada e não queria admitir essa possibilidade, pois a esperança é maior do que a própria certeza e, consequentemente fiquei abalado com esta situação que inconscientemente antevia que poderia acontecer e de fato ocorreu.

Que os deuses olímpicos que moravam em um imenso palácio, em algumas versões de cristais, construído no topo do monte Olimpo, uma montanha que ultrapassaria o céu. Alimentavam-se de ambrósia e bebiam néctar, alimentos exclusivamente divinos, ao som da lira de Apolo, do canto das Musas e da dança das Cárites e o nosso Deus que cremos,  ilumine os nossos governantes para mudarem radicalmente e de imediato o “status quo” vigente e tomem atitudes mais humanas.


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Ipatinga(MG), 02 de outubro de 2012

Moysés Peruhype Carlech

Masp: 881.292-7"

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Um forte abraço a todos e força na luta! Até a nossa vitória!
 

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

"Veja: medíocre, pequena e mal intencionada". Acrescentaria:... e inútil!

"Veja: medíocre, pequena e mal intencionada". Acrescentaria:... e inútil!

Olá, pessoal da luta! Várias pessoas me enviaram e-mail dizendo que não estão conseguindo acessar o nosso blog. Não me perguntem o porquê, pois não tenho a menor ideia. Talvez seja problema de navegador. Tentem utilizar o Firefox Mozilla, que é o que eu sempre usei e quase nunca dá problema. O sistema operacional que utilizo é o Linux, na versão Ubuntu. Ruindows, jamais!

Bom, mas os assuntos são outros. Eleições, julgamento do mensalão (qual deles? O do PT apenas? E os outros?) e os direitos dos educadores, como sempre, sonegados, espezinhados, roubados.

Na correria em que me encontro, tenho tido pouco tempo para escrever. Mas felizmente temos outros blogs - como a da nossa comandante Marly Gribel - e dezenas de comentários e colaboradores que dão o tom da paisagem que nos cerca. Boa ou ruim. Ou as duas coisas, ao sabor dos contextos nos quais estamos envolvidos. Vivemos todos submetidos a esta infernal máquina, diria, diabólica, até, do capital, que nos engole e nos cospe a cada momento. Mas vamos vivendo, sobrevivendo, com ou sem arranhões, resistindo, na medida das nossas possibilidades.

Num outro texto, pretendo analisar mais cuidadosamente sobre as eleições e sobre outros temas, inclusive os nossos, da Educação. Já o fiz de passagem em vários posts. São muitas as leituras que podemos fazer. Evitaria usar, no caso das eleições, as palavras vitória e derrota, porque quase sempre representam uma síntese muito pontual. Uma derrota pode vir carregada de possibilidades de vitória. Uma vitória pode ser o começo do fim. Há que se acompanhar todo o processo em análise para sabermos se de fato se trata de uma vitória ou de uma rotunda derrota.

Sobre o julgamento do mensalão, sou forçado a concordar com o ex-presidente Lula, que se trata de uma hipocrisia. Pelo menos da forma como está sendo apresentada pela mídia, sempre espetaculosa e serviçal de interesses que não são aqueles ligados à maioria oprimida da população. É fato que a cúpula do PT cometeu equívocos e práticas condenáveis à luz de princípios republicanos. Errou e deve pagar por isso. Mas, a pergunta que não quer calar: e os outros? Até quando vão tratar dessa forma diferenciada as práticas que são comuns a praticamente todos os partidos e caciques políticos do Brasil? Por que apenas o PT em véspera de eleição foi crucificado? E olha que eu não sou militante de partido algum, como todos vocês já sabem, mas é duro ver esta agressão diária à inteligência das pessoas comuns.

Por último, muitos perguntarão: o que tem a ver o título desse post com o texto de abertura do mesmo? A resposta está no link a seguir, que mostra, mais uma vez, como uma certa revista nacional não se cansa de prestar um desserviço ao povo brasileiro, sempre criando factóides, sempre servindo aos piores interesses dos de cima. No caso em tela, indico a leitura da resposta dada por historiadores em repúdio à reportagem feita pela revista Veja sobre o legado do historiador Hobsbawm. Para ler o texto completo, clique aqui.

Um forte abraço a todos e força na luta! Até a nossa vitória!

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quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Na reta final, as eleições municipais não estão definidas

 
Na reta final, as eleições municipais não estão definidas

Nas maiores cidades de Minas, as eleições municipais que ocorrem no próximo domingo, dia 07, não estão definidas. É o caso de cidades como Contagem e Montes Claros. Em BH, de acordo com a última pesquisa do Ibope, houve expressivo crescimento do candidato do PT, que reduziu a diferença em relação ao candidato do PSB. Nos próximos dias, na reta final de campanha, o cenário político, que parecia amplamente favorável ao atual prefeito da Capital mineira, pode ser alterado. Ou não. Dois acontecimentos podem pesar nessa reta final de campanha: a vinda da presidenta Dilma a BH para participar de comício no Barreiro é um deles. Quando Lula esteve em BH, o candidato do PT cresceu 7 pontos percentuais na pesquisa. A presidenta Dilma está com alta popularidade, o que não significa que haverá uma transferência automática de votos em favor do candidato que ela apoia.

Por outro lado, o atual prefeito e candidato a reeleição em BH conta com o apoio do governo estadual e dos caciques tucanos, como Aécio e Anastasia. Além disso, o julgamento final do chamado mensalão, atingindo justamente o núcleo envolvido do PT, que ocorre nos pŕoximos dias, pode causar um contrapeso em favor do atual prefeito de BH. Principalmente se considerarmos a enorme visibilidade que tem sido dada ao tema pela mídia mineira e nacional – claramente pró tucana.

Mas podemos dizer que o jogo ainda não está definido. BH quase sempre surpreendeu na reta final das eleições. Foi assim quando elegeu o ex-prefeito Célio de Castro. Ou quando levou o candidato Quintão para o segundo turno nas eleições de 2008, contrariando as pesquisas. Isso indica que tudo pode acontecer no pleito de BH, com um eleitorado de quase 2 milhões de pessoas. Somente após as 17h do dia 07 de outubro saberemos quem governará a maior cidade de Minas. Isso se não houver segundo turno, claro.

Se o candidato do PT vencer, isso talvez represente a construção de uma alternativa de poder no âmbito estadual, coisa que não existia até então, já que o PT, nos últimos anos, tornou-se uma força sem luz própria, submetida ao projeto nacional do partido, e com isso cometendo vários equívocos. Se o candidato do PSB vencer, isso representará, também, uma vitória política do grupo tucano que governa Minas nos últimos 10 anos. O PSDB estava fora da Prefeitura de BH até as últimas eleições, em 2008, quando o PT se aliou aos tucanos para eleger o atual prefeito de BH.

Se dependesse apenas dos votos dos educadores da rede estadual de Minas que moram em BH, seguramente o candidato do PT venceria as eleições no primeiro turno. Mas o eleitorado de BH é bem mais amplo e numeroso – e a maioria deste eleitorado desconhece as práticas do governo do estado, como as que resultaram na destruição do plano de carreira dos profissionais da Educação e do não pagamento do piso salarial nacional, contrariando a lei federal.

Na cidade de Contagem, o terceiro maior colégio eleitoral do estado, a disputa está acirrada entre o PT e o PSDB. Tudo indica que haverá segundo turno e os eleitores do candidato Carlim Moura, do PcdoB, terceiro colocado nas pesquisas, decidirão a disputa. Em Juiz de Fora, a candidata do PT é favorita, mas deve haver segundo turno, segundo as pesquisas.

Já na cidade de Uberlândia, o segundo maior colégio eleitoral do estado, o candidato do PT é francamente favorito, podendo se eleger já no primeiro turno das eleições. Em Uberaba, é o PMDB quem lidera as pesquisas.

Por sua vez, em Montes Claros, outra grande cidade mineira, tudo indica que haverá segundo turno, com a disputa polarizada entre os candidato do PT e do DEM, este apoiado pelo grupo que governa Minas há 10 anos, pelo menos. Já na cidade de Betim, outro grande colégio eleitoral, a candidata do PT e atual prefeita parece estar levando a pior na disputa contra o candidato do PSDB. Pelo menos de acordo com as pesquisas eleitorais.

No geral, pode-se considerar que as eleições municipais são importantes, mas ao contrátrio do que muitos pensam, não definirão os rumos da disputa federal, que acontece daqui a dois anos. Esta disputa já tem dois candidatos: o ex-governador de Minas e a atual presidenta da República. Não resta dúvida que a chefe do Executivo federal tem ampla vantagem, tendo em vista os altos índices de aprovação do seu governo. O ex-governador de Minas tem a seu favor o franco engajamento da mídia mineira e nacional, claramente, ou descaradamente, pró-tucana. Mas a realidade fática tem demonstrado que a torcida e a campanha diária realizadas pela mídia contra os governos do PT não resultaram em derrota eleitoral deste partido nas últimas três eleições para o governo federal. Caso não surja um terceiro nome com expressão política nacional, e caso não haja grandes alterações no cenário econômico, a atual presidenta deve se reeleger.

Já em Minas Gerais... Bom, este é assunto para um outro texto, pois nas terras governadas pelo grupo do faraó e seu afilhado, coisas estranhas podem acontecer, já que o ministério público, a justiça, o parlamento e a mídia foram praticamente anulados nos últimos anos. A república ainda não chegou às terras mineiras...

No mais, vamos aguardar o pronunciamento final das urnas na disputa eleitoral municipal. Grandes surpresas podem acontecer. Ou não. Para nós, que não estamos envolvidos e nem participamos diretamente das campanhas eleitorais, o pós-eleição será um momento de sossego, inclusive em relação à poluição sonora que atormenta os nossos dias e noites. As maiores mudanças virão como resultado da auto-organização dos de baixo, e não através de eleições cujo teor está previamente definido pelas elites dominantes.

Um forte abraço a todos e força na luta! Até a nossa vitória!

P.S.: no momento em que a mídia e o STF tratam o julgamento do mensalão como espetáculo midiático, é bom lembrar de outras formas de mensalão que continuam na impunidade. Vejam o link a seguir:

A prova do crime dos tucanos: Capa da Folha de 1997 destaca 'Deputado conta que votou pela reeleição por R$ 200 mil'



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Frei Gilvander:
Nova Casa Grande e novas Senzalas.
Cidade Grande, nova Casa Grande; Periferias, novas Senzalas.

Gilvander Luís Moreira

Em 1933, Gilberto Freyre revelou a estrutura colonial da empresa Brasil: Casa Grande e Senzala, aquela vivendo à custa dessa. Na e a partir da Casa Grande, o senhor de engenho manda. Na e a partir da Senzala muitos baixam a cabeça e obedecem, e, assim, são escravizados, mas uma minoria, como Zumbi e Dandara, levantam a cabeça, fogem e organiza quilombos como o de Palmares. Passa-se o tempo, mudam-se os rótulos, mas a lógica e a estrutura escravocrata continuam funcionando a todo vapor. Os em-pregados de hoje, quem ganha apenas salário-mínimo são, na prática, os escravos da atualidade. Sobrevivem nas periferias das regiões metropolitanas, as chamadas “cidades dormitórios”, mas, na realidade, são as novas Senzalas que movimentam a nova Casa Grande, a Cidade Grande.

 Leia o texto completo, clicando aqui.

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Marly Gribel:

A globo já admite: vamos ter segundo turno em Belo Horizonte

Marly Gribel - Professora

Minas começa a dar sinais de resistência e os números das pesquisas (bastante maquiadas) vão alterando/alternando os resultados. Lacerda despenca na proporção em que Patrus avança para o segundo turno.

Minas é mais que um curral deste ou daquele partido. Minas é mais que o jargão do conservadorismo.  Temos que ultrapassar essa barreira que nos imputam, de repetir sempre os mesmos erros- o conservadorismo, a mesmice, o resultado sempre esperado.

Dilma ontem fez o discurso que eu esperava, típico da mineira que não foge a luta e traduz nesta fala a inquietude que mora em Minas, mesmo que difusa.

Mergulhei neste discurso, transcrito ontem por um professor que me escreveu. Hoje, os "analistas"parciais da globo admitem que em BH haverá segundo turno.

Estou aqui com a minha pena a serviço da luta, da resistência, em favor dos menos favorecidos, em nome da mudança, em busca de um segundo turno, sonhando com uma nova chance para que os mineiros de BH e de todos os rincões de Minas tenham a oportunidade de avaliar melhor as propostas e o passado dos candidatos.

A capital dos mineiros, minha capital- não pode cair assim, de pronto, nas  patas das aves de rapina, sem resistência, sem o suspiro dos justos, dos que sonham... Belo Horizonte  é nosso ninho, a nossa casa, nosso ponto de encontro e de combate. 

Hoje no polêmico julgamento do "Mensalão", Ricardo Lewandowski, ministro-revisor cita dentre outros, Patrus, como pessoa idónea, digna de figurar entre aqueles que ele classificou como figuras públicas honradas, sem máculas, dignas de merecer crédito e que afirmaram desconhecer o dito "Mensalão e no entanto, figuras já previamente condenadas como  Roberto Jefferson não poderiam servir de base para condenar ou inocentar quem quer que seja.

O ministro-revisor Lewandowski  absolveu  Dirceu e Genoino de qualquer crime, visto que o MP não logrou, segundo o ministro produzir provas contra os mesmos , mas baseou-se apenas em ouvir dizer, ilações. 

“Não descarto a possibilidade de ele [José Dirceu] ter sido até o mentor, mas o fato é que isso não encontra ressonância nos autos. Não há prova documental, não há prova pericial. O que existem são testemunhos, alguns colhidos na CPI, alguns colhidos na Polícia Federal, muitos deles desmentidos diante de um magistrado”
"Nada encontrei nos autos (...) É possível que exista [prova], mas estas imputações [contra José Dirceu] não foram provadas"
Lewandowski foi muito claro: "As acusações são mais políticas do que só estritamente jurídicas". 
E como era de se esperar dois ministros  hoje já votaram a favor do Relator Joaquim Barbosa, condenando Dirceu e Genoino, apesar da inexistência de provas. Oh! República...E todo este circo  tem um objetivo: queimar o PT dentro do processo eleitoral.
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Nota do Blog: o ministro Lewandowski colocou em questão um dilema que o STF teria criado: na ânsia de aparecer para a mídia e de querer transformar a Ação Penal 470 no maior julgamento do século, os ministros estão se recusando a admitir que o esquema em julgamento nada mais foi, na verdade, do que mais uma prática corriqueira de caixa dois, ou algo semelhante, em troca de apoio parlamentar. Coisa que acontece diariamente em todas as cidades e estados do país. Os ministros do STF, seguindo a acusação do procurador-geral, consideram que houve pagamento de deputados para que eles votassem em determinados projetos do governo federal, como a reforma previdenciária. Neste caso, se fossem coerentes, teriam que mandar anular todas as leis aprovadas no Congresso Nacional originadas do mencionado esquema.
E mais: por que não deram tratamento semelhante a outros esquemas, estes sim, bem mais graves para o país, como o processo de privatização (doação) das estatais? Além disso, a se repetir a forma de julgamento espetaculosa da referida Ação Penal, nós, educadores mineiros, temos todo o direito de reivindicar a anulação das leis que destruíram o nosso plano de carreira e confiscaram nossos direitos. Por quê? - perguntarão alguns. Simples: quem garante que os 51 deputados de Minas não receberam mensalão para comprar briga com uma categoria de 400 mil servidores? Nem precisamos que haja prova alguma desta compra - já que para a maioria dos ministros do STF isso é secundário. Os dados são claros: contrariando os interesses de toda a categoria dos educadores e de milhares de alunos e pais de alunos, o procurador de Minas e os 51 deputados se dispuseram a aprovar o projeto de lei do governo. Em troca de quê? Ou de quanto? E a mídia mineira e nacional? Quanto tem recebido de dinheiro público nos últimos anos para blindar o governo mineiro e atacar o governo federal? Isso também não seria uma forma de mensalão? Ou o STF só funciona para atacar um determinado partido em véspera de eleição? São questões que os ministros do STF e a mídia nacional, entre outros, precisam responder.