domingo, 24 de junho de 2012

Categoria discute eleições, piso, terço de tempo e condições adequadas de trabalho


Categoria discute eleições, piso, terço de tempo e condições adequadas de trabalho

A categoria dos educadores de Minas discute alguns temas atuais neste espaço, que foi apropriado pela base da categoria. Entre estes temas estão as eleições que se aproximam. O que fazer? Votar nulo ou votar consciente? Ou simplesmente não votar, como defendem alguns colegas?

O fato é que a eleição brasileira torna-se cada vez mais um momento nulo, mesmo quando praticamos o exercício do voto e escolhemos uma das figuras que nos são ofertadas qual leilão mercadológico. Este é mais bonitinho, apesar de ordinário; a outra é mais simpática, apesar de cretina; e por aí vai.

Penso que mais importante do que a discussão acerca da prática do voto está a discussão da essência da “democracia” que se vive hoje no Brasil e no mundo, com instituições cada vez mais distanciadas dos de baixo. Aqueles que elegem são justamente aqueles que são privados do real poder de decidir os seus destinos. É uma escolha de algozes, inclusive daqueles que menos mal causarão aos de baixo. Triste sina, portanto, enquanto todo o sistema não for questionado e mudado.

Acerca dos problemas da Educação em Minas, a novidade é que finalmente o governo de Minas admite cumprir uma das regras da Lei do Piso, a do terço de tempo extraclasse. Que fique bem claro: apesar da propaganda contrária, trata-se de apenas um dos artigos, de um conjunto que foi sonegado, conforme já explicamos aqui exaustivamente. O governo de Minas e a quase totalidade dos governos não pagam o piso corretamente. Nossa carreira foi destruída, para que se erigisse, no seu lugar, um simulacro com nome de piso, mas que na verdade é uma soma salarial, que engoliu nossas gratificações (quinquênios, biênios) apesar da lei federal proibir tal prática.

Mas, consideremos que, ao anunciar o cumprimento do terço de tempo, o governo de Minas poderá cumprir pelo menos uma das regras da Lei do Piso. Contudo, ao anunciar tal propósito, o governo não esclareceu como isso ocorrerá. Por isso achamos importante estabelecer alguns critérios, de acordo com a lei. Primeiro, o terço de tempo extraclasse de maneira alguma pode ser usado para que os professores substituam os colegas em licença ou que tenham faltado ao serviço eventualmente. A menos que o governo queira pagar para isso, e que seja uma prática de opção dos colegas, não de obrigatoriedade. O terço de tempo extraclasse é para para atividades fora da sala de aula, inclusive em casa, como ocorre atualmente, já que o trabalho de pesquisa, preparação de aulas, elaboração e correção de provas, etc., quase sempre exige tempos e tranquilidade que não se comportam aos muros da escola.

Por outro lado, a possibilidade do governo pagar como extensão de carga horária a atual jornada de 24 horas – o professor receberia por 27 aulas, com a mesma jornada praticada – me parece correta. Já havíamos defendido esta possibilidade anteriormente. Na prática ela representa um pequeno reajuste salarial – em torno de 12% – com a manutenção da jornada de trabalho atual. Claro que isso deve ser opcional, pois alguns colegas professores podem optar por mais tempo extraclasse, dado ao desgaste da dupla jornada. Claro também que isso não substitui o reajuste de 22% que o governo não aplicou, mas pelo menos é um paliativo momentâneo para a realidade de baixos salários inaugurada pela gestão de choques do faraó e seu afilhado.

Mas a categoria não abre mão de continuar lutando pelo piso salarial na carreira, pelos reajustes de acordo com o chamado investimento aluno ano; e cada vez mais, por condições mais adequadas de trabalho. Nossos colegas diariamente denunciam, neste espaço, realidades de sofrimento e angústia vividas pelos educadores. O local de trabalho deveria oferecer um ambiente agradável, de convivência e de confiança entre as pessoas. Ocorre que as gestões de Educação em Minas e no Brasil primam por práticas autoritárias, de mandonismo, de cobranças baseadas em punições. Isso não contribui para criar um clima de harmonia e respeito entre os colegas e acaba gerando desgaste emocional e físico, prejudicando sobremaneira os fazeres dos colegas. Os melhores diretores e inspetores são aqueles que respeitam os profissionais, tratando a todos com educação, sabendo ouvi-los, buscando sempre soluções amistosas e consensuais, e nunca a ameaça ou a punição, como tem sido a prática de uma parcela expressiva de dirigentes. Nossos colegas educadores, muitos deles, estão adoecendo pela sobrecarga de trabalho, combinada com os baixos salários e as péssimas condições. Deveríamos discutir mais este tema e construir um ambiente que permita a convivência fraternal e crítica, com absoluto respeito pela diferença, pela participação ativa dos educadores e estudantes na formulação das políticas e dos conteúdos aplicados.

Por último, chamo a atenção para que todos estejam acompanhando o que acontece no Brasil e no mundo. Cada vez mais as elites dominantes tentam nos roubar o pouco de espaços conquistados. Estejamos atentos para não permitir que mercantilizem a nossa alma, já que a vida ao nosso redor se encontra já mercantilizada, cindida pela frieza e pela indiferença. Precisamos de mais políticas sociais, de mais participação ativa dos de baixo; que as comunidades se organizem, se unam e lutem por seus (nossos) direitos e interesses comuns, de classe. Sem isso, os de cima continuarão empurrando as crises que eles produzem para cima dos de baixo. Não podemos pagar mais este preço. Temos direito à Educação pública de qualidade, à saúde pública decente, à moradia para todos, transporte público decente, esporte, lazer, e as artes presentes cotidianamente na nossa vida. São direitos que não caem do céu, e dependem da nossa luta, sempre.

Um forte abraço a todos, e força na luta! Até a nossa vitória!

***
Frei Gilvander:
 
Professor Miguel Arroyo defende a greve dos professores das Universidades Federais. 19/06/2012

Clic no link, abaixo, e assista à entrevista que o prof. Miguel Arroyo concedeu a frei Gilvander

http://www.youtube.com/watch?v=oIWIqzVu1no&feature=youtu.be

Um abraço afetuoso. Gilvander Moreira, frei Carmelita.


e-mail:
gilvander@igrejadocarmo.com.br
www.gilvander.org.br www.twitter.com/gilvanderluis
Facebook: gilvander.moreira
skype: gilvander.moreira

Apoiamos com firmeza o SINDIELETRO E TODOS OS FUNCIONÁRIOS DA CEMIG que lutam contra as injustas demissões e práticas capitalistas da CEMIG. Abraço na luta. Frei Gilvander Moreira.

Cf., abaixo.

"Cemig usa demissão para espalhar o terror

Em 12 dias a Cemig demitiu quatro eletricitários com estabilidade no emprego, sem qualquer justificativa. No dia 1 de junho, a empresa demitiu o técnico de segurança no trabalho mais antigo da Cemig, que também é dirigente sindical, Paulo Marinho.

No último dia 12, três técnicos da base Itambé -  Cláudio Coelho, Goethe Eduardo Barroso e Adriana Lúcia de Melo – todos com estabilidade  pela atuação na Comissão Interna de Prevenção de Acidente (Cipa) e  com mais de 20 anos de Cemig – também foram demitidos sem motivo.

Só uma gestão extremamente irresponsável pode  colocar na rua quatro técnicos - todos profissionais sérios e respeitados - apenas para espalhar o medo, aumentando  a tensão nos locais de trabalho e o risco de acidentes que já é alto. Só uma gestão focada apenas no mercado  e nos acionistas pode usar o lucro de uma estatal para violar o direito constitucional da estabilidade no emprego.

Cobramos respeito aos trabalhadores que construíram essa empresa durante 60 anos. A Cemig não merece o retrocesso que esse gesto extremista representa por colocar em perigo o estado de direito e a democracia. As demissões sinalizam a volta de métodos próprios da ditadura militar. O medo e o terror não funcionaram em 21 anos e não vão funcionar agora.

Nós insistimos na  solidariedade, na luta coletiva e no trabalho dedicado que já trouxe tantas vitórias para os eletricitários e para a nossa estatal. A categoria vai ficar ainda mais unida, como tem ficado em todas as lutas para barrar os ataques aos trabalhadores e à empresa pública."

Fonte: http://www.sindieletromg.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=21145:cemig-usa-demissao-para-espalhar-o-terror&catid=300:destaque-grande&Itemid=628 

Pelo Fim das Ameaças e Intimidações a Frei Gilvander Moreira
Belo Horizonte, 27 de junho de 2012.
O Movimento Nacional de direitos Humanos/MG e o Instituto de Direitos Humanos - DH, MIDHIA – Comunicação e Direitos Humanos vem pelo presente, repudiar as constantes ameaças de morte e intimidações sofridas por Frei Gilvander Luis Moreira, Defensor de Direitos Humanos.
As lutas empreendidas e bandeiras de direitos humanos levantadas em defesa dos pobres de Belo Horizonte e de Minas Gerais  têm incomodado setores que  há tempos fazem de tudo,  para intimidar e  calar a voz deste profeta.
No último dia 21 de junho de 2012, Frei Gilvander Luis Moreira recebeu uma homenagem na Câmara dos vereadores de Belo Horizonte, MG, contemplado com o Diploma de Honra ao Mérito, por indicação do Vereador Adriano Ventura.
No dia seguinte à homenagem, o Frei  Gilvander  Moreira  voltou a sofrer ameaças por telefone. As ligações e ameaças seguiram nos dias 25, 26 e hoje dia 27 de junho.  Entre as palavras de ameaças e intimidações o agressor fala palavrões e sugere que o Frei mude de Belo Horizonte   o  quanto antes e que “sua batata já assou”.
Entidades e Movimentos que quiserem  poderão   socializar essa informação em suas redes  e contatos.
 Informamos que estamos tomando as providências necessárias junto as autoridades  competentes, para  que sejam cessadas as ameaças e intimidações. O Frei continua Inserido no Programa de Proteção de Defensores  de Direitos Humanos de Minas Gerais – PDDH-MG, conforme o Decreto  6.044/2007, em  parceria com a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República -SEDH, a Secretaria de Estado  de Desenvolvimento Social – SEDESE e o Instituto de Direitos  Humanos – Instituto DH.
Assinam: Padre Henrique de Moura Faria  -  Instituto DH; Ana Lúcia Figueiredo -    MiDHia - Comunicação e Direitos Humanos - Gildázio Alves dos Santos - Movimento Nacional de Direitos Humanos/ MG

TROPA DE CHOQUE NA PRAÇA SETE EM Belo Horizonte. Que estranho!
 
Tropa de choque na Praça Sete? Sim. Para quem? Para os artesãos de Rua. Sob ordem de quem? Da Prefeitura de Belo Horizonte, MG. Que triste! Que injustiça!
 
Dias 2 e 3 de julho de 2012, dezenas de fiscais da Prefeitura de Belo Horizonte - PBH - e policiais, inclusive tropa de choque estiveram "de plantão" na Praça Sete, coração de Belo Horizonte. Que injustiça! Considerar os artesãos de rua como camelô/comerciante?!!! Que cegueira! Olhe para além do próprio dedo e você verá que os artesãos de rua, os chamados hippies, são possuidores de uma cultura que abrilhanta a convivência social. Aproxime-se, puxe conversa, ouça, dialogue e você verá que sabedoria com sabor de liberdade, de vida, guia um artesão de rua. Eles devem ser respeitados e admirados e jamais reprimidos.
Cf., nos 3 links, abaixo, fotos e textos que ajudam a entender a questão social que está sendo tratada pela PBH como caso de polícia.
Abraço terno. Frei Gilvander Moreira.
 
 
Um abraço afetuoso. Gilvander Moreira, frei Carmelita.
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sábado, 9 de junho de 2012

0s 112 dias de greve dos educadores de Minas


0s 112 dias de greve dos educadores de Minas

No dia 08 de junho de 2012, os profissionais da Educação de Minas Gerais relembram a passagem de um ano da data inicial da heróica greve de 112 dias. Foi a maior da história de Minas, quando milhares de educadores enfrentaram corajosamente ao pesado e truculento aparato estatal, a serviço dos de cima.

A reivindicação principal da greve, que nem deveria ter acontecido, caso vivéssemos num país ou num estado sério, era pelo cumprimento de uma lei federal, a Lei do Piso. Esta lei – 11.738 – havia sido aprovada em 2008, e determinava que em janeiro de 2010 todos os estados e municípios, de forma compartilhada com a União, deveriam aplicar os artigos da lei. Entre estes artigos, estavam previstos: a) a adequação dos planos de carreira regionais à Lei Maior, reajustando o salário básico pago até então ao valor nacional do piso salarial – isto enquanto vencimento básico, e não como soma total de salário, como os governos de todo o país passaram vergonhosamente a praticar, inclusive o de Minas Gerais; b) a implantação do terço de tempo extraclasse na jornada praticada, para que o professor tivesse mais tempo fora de sala de aula para os trabalhos de preparação, estudos, correção de provas, etc.; c) o reajuste anual do piso de acordo com o chamado custo aluno-ano, cujo índice tem sido superior ao INPC. Infelizmente, nenhuma dessas regras foi aplicada pelo governo de Minas e pelos demais governos do país, num total descaso e desrespeito do poder público para com a Educação, para com os educadores e principalmente para com o povo pobre do país, que é a grande vítima deste golpe aplicado pelos governantes e demais poderes.

Mas, este descaso dos governantes, vergonhoso e descarado, não passou sem que a categoria reagisse. A greve foi a resposta da categoria, mobilizando milhares de trabalhadores, que passaram 112 dias de uma inesquecível luta. Neste longo período de quase quatro meses, enfrentamos a chuva, a polícia, o Ministério Público, a Justiça, a truculência do governo, as mentiras da mídia, o cinismo e a covardia dos parlamentares, até que um acordo não cumprido foi selado entre o sindicato e o governo. O governo assinou um papel mas não cumpriu; já que se recusara, antes, a cumprir até mesmo a Lei Federal, por que motivo haveria de cumprir um pedaço de papel assinado entre as partes?

A greve expôs para o Brasil e o mundo a situação de quase indigência na qual viviam os profissionais da Educação do estado e do país, com salários ridículos, e que ainda continuam abaixo da crítica. Chamou-nos a atenção também a omissão do Governo Federal, do senador de Minas que se diz candidato a presidência da República, e de outros personagens, como o ex-presidente, todos eles fugindo da responsabilidade que lhes fora atribuída pelo cidadão-eleitor. Todos eles fugiram covardemente, como se nada tivessem com a situação. Coisa que não fazem quando se trata de atender aos reclamos de empreiteiros, banqueiros, e grandes empresários e do agronegócio. São ágeis, generosos e eficientes na liberação de verbas públicas para servir aos de cima. Mas, quando se trata de atender a uma política nacional de Educação, em benefício de milhões de alunos, e de milhares de educadores, estes personagens desconversam, colocam a culpa no outro e fazem cara de paisagem. Cínicos, hipócritas.

A passagem de um ano desde o início da nossa heróica greve, que tantos ensinamentos proporcionou, deve abrir um novo momento de reflexão, e discussão com a categoria, sobre os caminhos que devemos buscar para (re) conquistar os nossos direitos roubados. A Lei do Piso foi uma verdadeira farsa, uma enganação nacional – mais uma, aliás – criada pelas elites para tentar iludir os sujeitos da Educação – profissionais da Educação, estudantes, pais de alunos e toda a comunidade. Ao invés de uma política nacional de valorização dos educadores, a Lei do Piso desencadeou uma política de destruição das carreiras dos educadores do ensino público básico.

Cada dia daqueles 112 dias e noites de luta travados contra os aparatos do estado deve ser lembrado e repartido nas salas de aula – as ocupações de rodovias, o acampamento e ocupação da ALMG, o acorrentamento nos espaços públicos, o diálogo construído na rede da Internet, as passeatas, as assembleias, as panfletagens, e outras dezenas de atividades de protestos realizadas. Centenas de personagens, de lideranças do nosso núcleo duro da greve – NDG, juntamente com dezenas de aliados e apoiadores deram uma verdadeira aula pública de luta por direitos e interesses de classe, que estavam (e continuam) ameaçados pelas políticas neoliberais dos de cima.

Não conquistamos nossos direitos naquela heróica luta. Evitamos perdas ainda maiores. A poderosa máquina de moer gente do estado se impôs com toda força; mas a luta não terminou ali. Ela nunca termina. É só o tempo de respirar, tomar fôlego, para que a categoria se levante novamente, com antigos e novos personagens, renovadas energias, com mais experiência, para que, no momento certo, possamos arrancar todos os direitos que nos foram tirados.

Esta data, portanto, dia 08 de junho, simboliza o início da lembrança e renovação de esperança em novos dias, que serão construídos e conquistados na luta, por todos nós.

Um forte abraço a todos e força na luta! Até a nossa vitória!

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domingo, 3 de junho de 2012

Duas entrevistas feitas e indicadas por Frei Gilvander

Olá, pessoal da luta! Na próxima semana tem um feriadão, o que nos dará a oportunidade e tempo para refletir sobre a realidade da Educação e dos educadores em Minas. Enquanto isso, reproduzo duas entrevistas feitas e indicadas por Frei Gilvander. Um bom início de semana para todos. E que haja tempo para repor as energias e conspirar contra os de cima, que querem nos massacrar, sempre, mas que não conseguirão, nunca.


Um forte abraço a todos e força na luta! Até a nossa vitória!


P.S.: Em conversa com o capitão NDG Rômulo, discutimos a possibilidade de fazermos um projeto de oficina de vídeo com os alunos e educadores. Assim, poderíamos registrar, em documentários, a realidade das escolas e da comunidade. A comandante Marly Gribel já realiza este trabalho. Que tal espalharmos esta prática por todo o estado? Uma coisa é a propaganda enganosa dos governos; outra coisa, bem diferente, é a realidade cotidiana dos de baixo.


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Dia 16/05/2012, eu, Gilvander Luís Moreira, entrevistei Rafael Lage na TV Comunitária de Belo Horizonte, MG, no Programa Palavra Ética. Rafael Lage é artesão de rua, maluco de BR, conhecido normalmente como hippie.


Dia 30/05/2012, frei Carlos Mesters foi entrevistado no Programa Palavra Ética da TV Comunitária de Belo Horizonte - TVC/BH - por frei Gilvander Luís Moreira. Carlos Mesters é da Ordem dos Carmelitas, biblista do CEBI - Centro Ecumênico de Estudos Bíblico.